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Auditoria aponta falha em uniforme escolar distribuído pela gestão Doria

ROGÉRIO GENTILE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os alunos das escolas municipais de São Paulo receberam em 2017, o primeiro ano da gestão João Doria (PSDB), uniformes com tamanhos inadequados, segundo análise feita pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológic

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.01.2018, 06:35:00 Editado em 31.01.2018, 06:35:12
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ROGÉRIO GENTILE

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os alunos das escolas municipais de São Paulo receberam em 2017, o primeiro ano da gestão João Doria (PSDB), uniformes com tamanhos inadequados, segundo análise feita pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

Camisetas, bermudas, calças, jaquetas, blusões e tênis comprados pela Prefeitura de São Paulo de três empresas não estavam em conformidade com as especificações técnicas, aponta a análise.

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A cidade gastou R$ 95,56 milhões na aquisição de 604.963 kits de uniformes. Três consórcios foram contratados para o serviço: BEN, LLP e Conaetêxtil.

Os três serão os responsáveis também pelo fornecimento dos uniformes na volta às aulas neste ano, a partir da semana que vem.

Os testes foram feitos pelo IPT a pedido do Tribunal de Contas do Município, que pela primeira vez verificou a qualidade dos kits adquiridos pela Secretaria Municipal da Educação com apoio de exames científicos.

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A análise técnica foi solicitada depois que uma auditoria apontou uma baixa utilização dos uniformes nas escolas: 14,9% para o item tênis, 24,3% para calças e bermudas e 76,8% para camiseta, jaqueta e blusão.

Um dos principais motivos apontados pelos responsáveis pelas escolas foi justamente a incompatibilidade dos tamanhos dos uniformes com o dos alunos.

Durante visita dos auditores do tribunal de contas aos colégios, alunos indicaram como razão principal para a baixa adesão aos itens do uniforme escolar a falta de qualidade dos tênis (que seria "desconfortável" e "frio") e da calça ("fria, tecido fino, feia, não se ajusta bem ao corpo e rasga com facilidade").

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Em diversas ocasiões, de acordo com o relatório elaborado pelos auditores, "os alunos informaram que os uniformes fornecidos não eram do tamanho adequado".

KIT COM PROBLEMAS

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Os kits de uniforme escolar distribuídos pela prefeitura paulistana são compostos de cinco camisetas, cinco pares de meia, uma jaqueta, uma calça, um blusão, uma bermuda e um par de tênis.

Os testes feitos por amostragem revelaram que, em relação à dimensão, em nenhum dos três contratos as peças de roupa atenderam às medidas especificadas.

Houve vários problemas também quanto às características dos tecidos, com falhas que variaram conforme o consórcio fornecedor.

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Foram apontados, por exemplo, desconformidades na composição de camisetas, na estrutura e gramatura das calças, entre outros.

Situações semelhantes foram observadas nos tênis adquiridos. Os do Consórcio BEN, entre outros problemas, não atenderam às especificações técnicas do edital de compra no comprimento e na largura dos cadarços, sempre segundo a análise efetuada.

Os calçados do Consórcio LLP não tinham flexão especificada, bem como a altura da banda lateral. Os tênis do Consórcio Conaetêxtil apresentaram decolagem inadequada da banda lateral antes e após o envelhecimento.

"Os resultados alcançados demonstram que alguns dos quesitos reprovados afetam diretamente a utilização dos uniformes pelos alunos, como no caso das dimensões das peças", disseram os auditores em suas exposições.

Nos documentos, os técnicos do tribunal sugerem a aplicação de multas de R$ 6,26 milhões para o Consórcio BEN, de R$ 1,04 milhão para o Consórcio LLP e de R$ 2,86 para o Conaetêxtil, perfazendo um total de cerca de R$ 10 milhões.

As auditorias serão submetidos agora aos conselheiros do tribunal de contas, que podem aprová-las ou não.

Procurado pela reportagem, o conselheiro Domingos Dissei, vice-presidente do TCM e relator do caso, afirmou que analisará minuciosamente o material e encaminhará seu parecer para a deliberação do plenário.

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