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Em 60ª edição, Grammy vira palco de atos políticos; veja destaques da noite

AMANDA NOGUEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - É simbólico que o show de abertura do 60º Grammy, na noite deste domingo (28), tenha sido o do rapper Kendrick Lamar, marcando uma cerimônia de atos políticos. Lamar, que concorria em sete categorias -e venceu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.01.2018, 07:40:00 Editado em 29.01.2018, 07:40:09
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AMANDA NOGUEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - É simbólico que o show de abertura do 60º Grammy, na noite deste domingo (28), tenha sido o do rapper Kendrick Lamar, marcando uma cerimônia de atos políticos.

Lamar, que concorria em sete categorias -e venceu cinco, incluindo o de melhor álbum de rap por "DAMN."-, deu início à premiação da indústria fonográfica com a canção política "XXX", acompanhado de dançarinos com fardas camufladas e uma bandeira dos Estados Unidos ao fundo.

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Além da letra, crítica ao presidente Donald Trump ("Em Wall Street, escritórios corporativos, bancos/ Empregados e patrões com pensamentos homicidas/ Donald Trump está no escritório, perdemos Barack/ E prometi nunca duvidar dele de novo/ Mas a América é honesta ou nos aquecemos no pecado?"), um letreiro informava: "Isso é uma sátira de Kendrick Lamar".

O comediante Dave Chappelle, que assim como o grupo U2 fez uma participação na apresentação, disse: "A única coisa mais assustadora do que assistir a um homem negro ser honesto na América é ser um homem negro honesto na América".

Trump seria novamente alvo de críticas em uma esquete em que personalidades como Cher, Snoop Dogg e Hillary Clinton liam trechos do polêmico recém-lançado livro sobre bastidores do governo do presidente americano, "Fire and Fury", de Michael Wolff.

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Eric Church, Maren Morris e Brothers Osborne homenagearam as vítimas dos ataques em Las Vegas e em Manchester com "Tears in Heaven", mas não mencionaram a questão do porte de armas nos Estados Unidos, ao qual artistas country costumam fazer lobby.

Em outro momento da cerimônia, o rapper Logic cantou "1-800-273-8255", composição antissuicídio que concorria na categoria canção do ano. Ao fim da apresentação com Alessia Cara e Khalid, Logic discursou contrariando gafes de Trump.

"A todos os países repletos de cultura, diversidade e milhares de anos de história: vocês não são países de merda, vocês são lindos", disse, referindo-se a suposta declaração do presidente americano de que os Estados Unidos recebiam muitos imigrantes de "países de merda" (shithole, em inglês).

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"E, por fim, em nome daqueles que lutam pela igualdade em um mundo que não é igual, não é justo e não está pronto para as mudanças que estamos propondo, digo-lhe que nos traga seus cansados, seus pobres e qualquer imigrante que busque refúgio. Porque juntos podemos construir não apenas um país melhor, mas um mundo que está destinado a ser unido", disse o cantor.

O discurso também enalteceu a população negra e as mulheres, "mais fortes do que qualquer homem" que já conheceu, enquanto era ladeado no palco de pessoas vestidas com camisetas com os dizeres "você não está sozinha".

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"A elas, digo que permaneçam de pé e esmagem todos os predadores com o peso de seus corações que estão cheios de amor e que eles jamais tirarão. Não tenham medo de suas vozes, especialmente em ocasiões como essas em que vocês têm uma oportunidade", disse.

ME TOO

O teor político já estava evidente antes mesmo da abertura da cerimônia. No tapete vermelho, artistas como Lady Gaga e Nick Jonas apareceram com uma rosa branca em um ato contra o assédio sexual. Assim como os artistas que vestiram preto no Globo de Ouro, a proposta é apoiar a campanha #Metoo, contra casos de abuso.

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O tema ressurgiu quando a atriz e cantora Janelle Monáe fez discurso potente sobre ocorrências na indústria musical e chamou ao palco a cantora Kesha, que tornou-se símbolo da causa após levar adiante uma luta judicial contra seu produtor, Dr. Luke, acusando-o de assediá-la por diversos anos.

Acompanhada de um coral de mulheres, além de cantoras como Cyndi Lauper, Camila Cabello e Julia Michaels, Kesha cantou a autobiográfica e feroz "Praying". Emocionada, foi abraçada pelas colegas no palco.

Apesar de protagonizarem o manifesto contra assédio sexual, as mulheres foram minoria na corrida pelos prêmios principais -a exceção foi Alessia Cara, premiada como artista revelação.

PREMIADOS E HOMENAGEADOS

Bruno Mars se consagrou o grande vencedor da noite, levando seis gramofones, incluindo os de canção do ano ("That's What I Like"), gravação do ano ("24K Magic") e álbum do ano ("24K Magic").

Ed Sheeran, principal hitmaker da indústria fonográfica, ausente na ocasião, foi premiado por melhor performance pop ("Shape of You") e melhor álbum pop ("÷").

Chuck Berry, Fats Domino e Tom Petty, mortos no último ano, foram homenageados. Elton John, que anunciou sua última turnê mundial, tocou e cantou "Tiny Dancer" acompanhado de Miley Cyrus.

Popstars como Taylor Swift, Drake, Justin Bieber, Frank Ocean e Kanye West não compareceram à cerimônia. Jay-Z e Lorde, que foram indicados, não se apresentaram e saíram sem prêmios.

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