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Macri elogia reformas do Brasil e pede continuidade da Lava Jato

LUCIANA COELHO, ENVIADA ESPECIAL DAVOS, SUÍÇA (FOLHAPRESS) - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse à reportagem nesta quinta (25) ver com bons olhos as reformas no Brasil, pediu que elas sejam mantidas pelo próximo presidente pois seu país "pre

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.01.2018, 07:30:00 Editado em 26.01.2018, 07:30:10
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LUCIANA COELHO, ENVIADA ESPECIAL

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DAVOS, SUÍÇA (FOLHAPRESS) - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse à reportagem nesta quinta (25) ver com bons olhos as reformas no Brasil, pediu que elas sejam mantidas pelo próximo presidente pois seu país "precisa de um sócio forte no Mercosul" e afirmou esperar que a Operação Lava Jato continue —a Argentina também investiga o esquema de corrupção da Odebrecht no país.

"Vejo bem as reformas no Brasil, tudo que dá fôlego a nossos sócios ajuda a nós [na Argentina]. Tenho defendido firmemente um Mercosul forte e, como já disse muitas vezes, me sinto em parte brasileiro", disse Macri à Folha após discursar na plenária do 48º encontro do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

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Indagado se tem preocupação com uma mudança de rumo no país após as eleições de outubro, afirmou esperar que haja continuidade e alfinetou sua antecessora, Cristina Kirchner (2007-2015), que em oito anos no governo praticamente tirou a Argentina do mapa dos fóruns e investimentos internacionais.

"Espero que não [haja mudança na condução de reformas], espero que quem ganhe a eleição reafirme seu compromisso com o Mercosul e com o Mercosul no mundo, pois, como disse há pouco, temos sido a região mais fechada do mundo, e isso não traz resultado positivo para nossa população. Reduzimos pouco ou nada da pobreza."

O presidente da Argentina também exortou a continuidade das investigações da Lava Jato, que já atingem mais de 30 países, sendo a Argentina um dos principais.

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"Que continuem, pedimos que a Justiça brasileira siga investigando, e que saibamos a verdade, quem são os que receberam na Argentina pelas obras da Odebrecht."

A empreiteira brasileira é investigada no país por nove obras em que é suspeita de ter pago propina para obter contratos superfaturados, após delações premiadas no Brasil indicarem a prática (a Odebrecht afirma que cabe a suas subcontratadas dar informações sobre o caso e nega ter havido ágio).

Esta é a terceira participação de Macri em Davos —a primeira, em 2016, se deu pouco mais de um mês após ele assumir a Presidência, como sinal de afirmação de sua agenda liberal globalista.

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Em seu discurso sucinto no Fórum, Macri enumerou dados da economia, ofereceu a investidores a oportunidade de investir em turismo e mineração no país, citando o lítio e a exploração de gás natural no campo de Vaca Morta, na Patagônia, que encontra resistência de ambientalistas e ativistas indígenas que defendem a população mapuche na região.

O presidente argentino, que mais tarde deu entrevista coletiva à imprensa em Davos, também se mostrou otimista quanto à conclusão de um acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, prometendo abordar o assunto com o presidente da França, Emmanuel Macron, que encontra nesta sexta (26).

GAFE

Macri não saiu do salão sem cometer uma gafe: ao defender o acordo comercial entre Mercosul e UE, o filho de italiano afirmou que "na América do Sul todos somos descendentes de europeus", esquecendo-se da herança indígena e africana, além de outras migrações mais recentes. A declaração teve repercussão negativa na Argentina.

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