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FBI inquire braço direito de Trump sobre elo com russos

ESTELITA HASS CARAZZAI WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Um dos auxiliares mais próximos de Donald Trump, o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Jeff Sessions, foi interrogado pelo FBI no âmbito da investigação que apura a influência russa nas eleições

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.01.2018, 21:15:00 Editado em 23.01.2018, 21:15:12
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ESTELITA HASS CARAZZAI

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Um dos auxiliares mais próximos de Donald Trump, o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Jeff Sessions, foi interrogado pelo FBI no âmbito da investigação que apura a influência russa nas eleições americanas de 2016.

A arguição, ocorrida na terceira semana de janeiro e revelada nesta terça (23) pelo jornal "New York Times", aproxima o inquérito do presidente republicano. Sessions é o primeiro membro do gabinete de Trump a depor formalmente à polícia federal americana. A informação foi confirmada pelo Departamento de Justiça.

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O diário americano também divulgou outro depoimento. James Comey, ex-diretor do FBI (e demitido do posto por Trump), foi inquirido em 2017 sobre seus contatos com o presidente e os memorandos que redigiu acerca deles.

As oitivas indicam que o procurador especial Robert Mueller, que conduz a investigação, pretende esclarecer episódios ligados a uma eventual obstrução de justiça ou abuso de poder por parte da Casa Branca.

Os motivos da demissão de Comey, por exemplo, permanecem nebulosos. Também pesa contra o presidente a suspeita de ter pressionado Sessions a permanecer à frente das investigações do FBI sobre o caso, a fim de protegê-lo --o que não surtiu efeito, já que o secretário se afastou do caso em março de 2017.

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Na terça, a imprensa dos EUA informou que Sessions tentou forçar o novo diretor do FBI (nomeado por Trump), Christopher Wray, a demitir seu adjunto e o principal advogado da instituição. O assédio foi tanto que Wray quase pediu demissão, segundo a fonte ouvida pela rede.

Tanto a Casa Branca quanto o secretário negam as alegações. O presidente afirmou que não está "de modo algum" preocupado com o depoimento de Sessions.

A investigação conduzida pelo FBI é considerada uma ameaça ao governo Trump, pelo potencial de demonstrar crimes como conspiração, obstrução de justiça e abuso de poder --o que pode servir de base para um pedido de impeachment.

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O FBI apura se houve influência de agentes russos nas eleições americanas de 2016 e se a campanha do republicano se valeu de dados repassados pelo país estrangeiro para vencer o pleito.

Por enquanto, apesar de antigos integrantes da campanha trumpista terem sido indiciados por crimes correlatos, como lavagem de dinheiro, ou terem admitido mentir sobre contatos com russos, não houve conclusões que incriminassem o presidente. Trump nega que tenha feito conluio com a Rússia.

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PEÇA-CHAVE

Sessions foi questionado durante horas pelo procurador Mueller. Não se sabe o teor da fala dele, que está sob sigilo. A investigação ainda está em andamento.

Por sua posição de comando na Justiça americana e pela proximidade com Trump, Sessions pode trazer à tona informações sobre os bastidores da investigação e as reações da Casa Branca.

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Um dos integrantes mais ativos da campanha republicana, Sessions já admitira ao Congresso ter ouvido sugestões de colegas de estafe sobre contatos com os russos.

Até agora, Sessions só admitiu publicamente que o assessor George Papadopoulos, que trabalhou com Trump na campanha, propôs um encontro entre o então candidato e o presidente Vladimir Putin.

O secretário, porém, disse que "encerrou" o assunto. "Eu deixei claro que ninguém estava autorizado a representar a campanha diante do governo russo, ou de qualquer outro governo estrangeiro, para qualquer tema", disse ao Congresso, em novembro.

Papadopoulos foi um dos ex-assessores de Trump que se declararam culpados ao FBI por ter mentido sobre seu contato com russos. O mesmo fez o ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn, que chegou a integrar a gestão republicana.

O FBI também já indiciou o ex-diretor de campanha de Trump, Paul Manafort, por lavagem de dinheiro e fraude tributária em serviços prestados ao ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovitch. Seus vínculos com os russos ainda estão sob investigação.

Sessions, 71, assumiu a pasta da Justiça em fevereiro de 2017. Antes, foi senador republicano pelo Alabama.

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