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Papa pede desculpas às vítimas de abuso sexual após escândalo no Chile

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O papa Francisco apresentou nesta segunda-feira (22) um pedido de desculpas às vítimas de abusos sexuais, após o escândalo provocado no Chile por seu apoio a um bispo polêmico por falta de "provas", uma palavra que ele reconhe

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.01.2018, 16:10:00 Editado em 22.01.2018, 16:10:05
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O papa Francisco apresentou nesta segunda-feira (22) um pedido de desculpas às vítimas de abusos sexuais, após o escândalo provocado no Chile por seu apoio a um bispo polêmico por falta de "provas", uma palavra que ele reconheceu ser "dolorosa".

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"O caso do (bispo) Barros foi estudado, foi reexaminado e não há provas. É isso que quis dizer. Não tenho provas para condená-lo e, se eu o condenasse sem provas ou sem certeza moral, cometeria um crime de juízo", declarou Francisco, que acredita na inocência do bispo.

"No dia em que me apresentarem uma prova contra o bispo Barros, falarei com vocês. Não há uma única prova contra ele. É calúnia. Está claro?", afirmou o pontífice na última quinta-feira (18) a jornalistas chilenos.

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Em um país onde o catolicismo perdeu terreno, Francisco chocou ao defensor o monsenhor Juan Barros, bispo suspeito de ter mantido silêncio sobre os crimes de um antigo sacerdote pedófilo afastado do sacerdócio pelo Vaticano.

Um ponto essencial "é o que as vítimas de abuso sentem. E devo me desculpar, porque a palavra 'prova' feriu muitas vítimas. Mas tenho que procurar evidências. E peço desculpas", reconheceu no avião de volta ao Vaticano.

"Vocês me dizem que há vítimas, mas eu não as vi, elas não me foram apresentadas", argumentou no Chile, retomando a palavra "calúnia".

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Já no avião de volta, Francisco reconheceu que "há muitas pessoas que sofreram abusos que não podem fornecer provas".

"Eu sei o quanto sofrem", afirmou o sumo pontífice, que recebeu no Chile duas vítimas de abusos, com quem "orou e chorou", de acordo com o Vaticano.

"O drama das vítimas de abusos é tremendo. Fiquei comovido ao ouvir, há dois meses, o relato de uma mulher que havia sido abusada há 40 anos. Casada, com três filhos, essa mulher não recebia a comunhão desde aquela época, porque na mão do padre via a mão do agressor. Ela não conseguia se aproximar. E era crente, era católica", disse ele.

No sábado (20), o cardeal Sean Patrick O'Malley, que dirige uma comissão anti-pedofilia no Vaticano, ressaltou a sinceridade de Francisco, dizendo que defende a tolerância zero para a pedofilia na Igreja.

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