FABRÍCIO LOBEL
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A licitação das linhas 5-lilás e 17-ouro do metrô receberam duas propostas na manhã desta sexta (19), dos consórcios liderados pela CCR e pela CS Brasil.
A outorga fixa mínima exigida é de R$ R$ 194,3 milhões vence a proposta que oferecer o maior ágio em cima desse valor.
O certame, que chegou a ser suspenso temporariamente na tarde de quinta (18), ocorre na B3, em São Paulo.
A CCR, que detém 83% do consórcio, formou parceria com o grupo de mobilidade RuaInvest, que já atua no setor de ônibus.
A CS Brasil, que faz parte do grupo JSL, se associou à coreana Seul Metrô, no consórcio Metrô SP Linhas 5 e 17, mas detém 99% de fatia no grupo.
A empresa já atua no setor de transporte público com operações em municípios de menor porte, como Mogi e Guararema.
A CCR opera outras seis concessões no Estado de São Paulo: a Viaquatro, responsável pela linha 4-amarela do metrô, a Autoban, a Viaoeste, a Novadutra, a Spvias e o trecho oeste do Rodoanel.
Até esta quinta-feira (18), apenas a participação da CCR era uma certeza para o mercado.
A linha 5-lilás parte da estação Capão Redondo e vai até a estação Brooklin, ambas na zona sul. A linha, que atualmente é gerida pelo próprio Metrô, está em expansão e deverá chegar até a estação Chácara Klabin, onde conectará com a linha 2-Verde. No caminho, ela ainda fará conexão com a linha 1-azul e 17-ouro.
As obras de expansão da linha chegaram a ser suspensas em 2010 após o jornal Folha de S.Paulo revelar que os vencedores dos lotes de construção da linha já eram conhecidos seis meses antes da licitação. O caso segue na Justiça, mas mesmo assim, Alckmin decidiu avançar com a obra firmando o contrato com as mesmas empresas.
Já a linha 17-ouro, que está em construção desde 2012, tinha previsão iniciar de ficar pronta em 2014, para a Copa. Mas, após vários atrasos, deverá ser entregue até 2019. Ela sai do aeroporto de Congonhas e seguirá até a estação Morumbi, da CPTM, na marginal Pinheiros.
Uma segunda etapa de construção da linha estava prevista até o bairro do Morumbi, passando por Paraisópolis. Mas o governo do Estado, diante da dificuldade de tocar o empreendimento e até o abandono da obra por parte de uma das empreiteiras contratadas, decidiu reduzir o percurso da linha.
A mudança no trajeto acabou derrubando a projeção de rentabilidade da linha. Ou seja, sem atender áreas muito populosas como Paraisópolis, a linha perdeu a capacidade de atrair grande parte do público que pagaria pela operação do sistema.
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