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Acreditem em mim, pede filha adotiva de Woody Allen sobre abuso

SILAS MARTÍ NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - "Espero que alguém acredite em mim em vez de só ouvir. Por que não deveria me sentir ultrajada depois de tantos anos sendo ignorada? Tudo que posso fazer é dizer a verdade. Por que eu não deveria querer acabar co

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.01.2018, 15:05:00 Editado em 17.01.2018, 15:05:10
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SILAS MARTÍ

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NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - "Espero que alguém acredite em mim em vez de só ouvir. Por que não deveria me sentir ultrajada depois de tantos anos sendo ignorada? Tudo que posso fazer é dizer a verdade. Por que eu não deveria querer acabar com ele?"

Numa das denúncias mais explícitas contra Woody Allen, Dylan Farrow, a filha adotiva do cineasta, falou à rede CBS sobre como sofreu abuso sexual nas mãos do pai quando ela tinha sete anos.

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"Por que eu não deveria ter raiva? Por que não deveria estar machucada?", pergunta Farrow em trecho da entrevista ao noticiário "This Morning", que foi ao ar na manhã desta quarta (17) -a íntegra da conversa ainda será exibida pela rede americana.

Em outro trecho, Farrow diz que tem credibilidade. "Acho importante que as pessoas percebam que uma vítima, um acusador importa e é suficiente para mudar as coisas."

Essa primeira entrevista de Farrow na TV vem após um artigo que escreveu em dezembro para o jornal "The Los Angeles Times" em que pergunta por que Allen foi "poupado" numa "revolução seletiva" contra assédio sexual na indústria do entretenimento.

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Ela lembra o caso de Harvey Weinstein, que caiu em desgraça quando uma série de atrizes o denunciaram, e diz que o pai adotivo não sofreu nenhuma consequência por repetidos episódios de abuso -Farrow diz que Woody Allen se deitava com ela na cama só de cueca, enfiava o dedão na sua boca e a tocava e acariciava o tempo todo.

No rastro das campanhas #MeToo e Time's Up, o ataque de Farrow engrossa uma série de acusações contra o diretor de "Manhattan".

Atores de seu filme mais recente, "A Rainy Day in New York", por exemplo, decidiram doar cachês às campanhas contra abuso. Rebecca Hall, atriz do filme que ainda não estreou, disse que lamenta ter trabalhado com Allen. Timothée Chalamet, também no longa, anunciou que doaria o valor recebido.

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Outros atores também pediram desculpas por terem participado de filmes do diretor. Ellen Page e Greta Gerwig, de "Para Roma, Com Amor", David Krumholz, de "Roda Gigante" (em cartaz), e Mira Sorvino, que venceu o Oscar por seu papel em "Poderosa Afrodite", querem tomar distância do cineasta.

Allen nega ter molestado Dylan Farrow, mas não se manifestou sobre as acusações. Também não há até o momento nenhuma queixa formal na Justiça americana.

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Nas últimas semanas, o diretor disse à BBC, no entanto, que havia um clima de "caça às bruxas, em que todo rapaz num escritório que piscar para uma mulher vai ter de ligar para um advogado".

Uma análise de anotações e cadernos de Allen guardados na biblioteca da Universidade Princeton, publicada no "The Washington Post", dá mais estofo às acusações.

Em roteiros, o diretor repete uma série de vezes a trama de um homem mais velho que se envolve com uma jovem. Numa das referências, ele escreve "sou eu" ao lado da descrição de um personagem de 45 anos obcecado por universitárias em Nova York.

No roteiro de um especial de TV, o cineasta descreve uma menina de 16 anos como "jovem loira vistosa de vestido decotado com uma fenda na lateral". Ele também diz que gostaria de ser Sócrates se pudesse ser uma figura histórica, com a diferença que os seus "pensamentos profundos" giram em torno de "garçonetes de 18 anos, cordas e algemas".

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