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Após plebiscito, Barcelona tem protesto contra a polícia

DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL BARCELONA, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Dezenas de jovens catalães protestavam na segunda-feira (2) diante da sede da polícia nacional em Barcelona após embates violentos terem deixado 893 feridos no plebiscito separatista da vé

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.10.2017, 12:35:08 Editado em 02.10.2017, 18:48:11
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DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL

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BARCELONA, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Dezenas de jovens catalães protestavam na segunda-feira (2) diante da sede da polícia nacional em Barcelona após embates violentos terem deixado 893 feridos no plebiscito separatista da véspera.

Manifestantes gritavam "covardes" e "as ruas serão sempre nossas", envoltos em bandeiras catalãs.

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Em apoio aos Mossos, a polícia regional da Catalunha, os jovens gritavam "essa é a nossa polícia" -algo que aprofunda o debate entre a Espanha e a região separatista. A polícia nacional e a guarda civil, com atribuições militares, reprimiram eleitores no domingo (1º) a pedido do governo de Madri. Já os Mossos, a mando do governo catalão, não desalojaram todas as seções eleitorais.

"Quero que a polícia espanhola vá embora", diz à reportagem Gerard C., 26, que prefere não dizer o sobrenome. "Já temos nossa própria polícia, que nos defende."

"Viemos protestar contra o que eles fizeram ontem", diz Meritxell Monferrer, 22. "Foi uma vergonha. Essa é a polícia espanhola?"

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FUTURO

Há profunda incerteza sobre o cenário dos próximos dias. O governo catalão considera que seu plebiscito teve sucesso e planeja enviar os resultados ao Parlamento para que declare sua independência de maneira unilateral na quarta-feira (4).

Segundo Barcelona, 90% dos eleitores votaram pelo "sim" -uma cifra frágil, porém, diante do comparecimento de apenas 2,2 milhões de pessoas às urnas, o que equivale a 42% de seu eleitorado.

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Madri já tinha avisado, ademais, que o plebiscito era ilegal e sem valor algum. Não há a possibilidade de que o governo central reconheça a independência declarada após uma consulta sem garantias, e tampouco se espera que o restante do mundo dê o seu aval.

O governo em Madri, chefiado pelo conservador Mariano Rajoy, do Partido Popular, deve se reunir durante o dia com outras forças políticas e discutir a possibilidade de aplicar o chamado Artigo 155, que revogaria temporariamente a autonomia catalã e imporia eleições antecipadas. Há o apoio do partido de centro-direita Cidadãos, mas seria necessário convencer os socialistas do PSOE.

A Catalunha já dispõe atualmente de uma série de liberdades excepcionais na Espanha, como seu próprio Parlamento e polícia (os chamados Mossos). Mas sua classe política tem mobilizado a população em torno do sonho de um Estado próprio -reivindicação feita em outros momentos, e reprimida, por exemplo, na ditadura de Francisco Franco (1939-1975).

Um dos principais argumentos é econômico. A Catalunha produz 20% do PIB espanhol, que é hoje da ordem de US$ 1,2 trilhão. O território tem também sua própria língua, o catalão, aparentado do francês.

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