SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Três agentes de segurança israelenses foram mortos e um foi gravemente ferido por um atirador palestino nesta terça-feira (26), na entrada do assentamento Har Adar, na Cisjordânia. O agressor estava armado com um revólver. Ele foi morto pela polícia após a ação.
De acordo com um porta-voz da polícia israelense, o atirador se aproximou de uma das entradas do assentamento quando trabalhadores palestinos passavam pelos controles de segurança antes do início de suas atividades na colônia.
A atitude do palestino provocou suspeitas dos policiais, e ele recebeu ordem para interromper a caminhada, mas sacou a arma e abriu fogo.
As forças de seguranças de Israel identificaram o homem como Nimr Jamal, 37, morador de Beit Surik, localidade próxima à colônia israelense. O Exército israelense ocupou o local após o ataque.
O incidente foi incomum, uma vez que o agressor tinha permissão de trabalho israelense -um processo que implica verificação de segurança--, ao contrário da maioria dos palestinos envolvidos em atentados contra israelenses.
Segundo o Shin Bet (agência de segurança interna do país), o atirador tinha "diversos problemas pessoais e familiares, incluindo violência doméstica".
Moradores de Beit Surik disseram a jornais israelenses que Jamal trabalhava como faxineiro e que ele tinha acabado de se separar da mulher. Segundo o Shin Bet, ela se mudou para a Jordânia para fugir dos abusos do marido e o deixou com os quatro filhos do casal.
Os mortos foram identificados como o policial Solomon Gavria, 20, e os agentes de segurança privada Yousef Othman, 25, e Or Arish, 25.
Har Adar, assentamento onde ocorreu o ataque, é uma colônia com quase 4.000 habitantes na Cisjordânia, território palestino ocupado pelo Exército israelense há 50 anos. A colônia fica dentro do perímetro da barreira de segurança construída por Israel exatamente para evitar os ataques palestinos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a Autoridade Palestina incentiva esse tipo de ação. Ele anunciou ainda que a casa onde o palestino morava será derrubada e que o governo vai retirar a permissão de trabalho de todos os seus parentes.
Dezenas de milhares de palestinos viajam diariamente a Israel ou até as colônias para trabalhar, geralmente atraídos por salários maiores, apesar de críticas de outros palestinos.
Desde setembro de 2015, 51 israelenses, dois americanos e um britânico foram mortos em ataques palestinos. No mesmo período, as forças israelenses mataram mais de 255 palestinos. Segundo o governo de Israel, a maioria dos palestinos mortos eram agressores --os outros morreram em confrontos com forças de segurança.
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