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ATUALIZADA - Macron pede reforma da UE e propõe criação de agência europeia de refúgio

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs a criação de um agência europeia de refúgio e a emissão de documentos de identidade europeus como medidas para tratar os fluxos migratórios na região. Em discurso aos alunos da Uni

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.09.2017, 15:50:09 Editado em 26.09.2017, 15:50:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs a criação de um agência europeia de refúgio e a emissão de documentos de identidade europeus como medidas para tratar os fluxos migratórios na região.

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Em discurso aos alunos da Universidade Sorbonne, em Paris, Macron detalhou seus planos de reforma da União Europeia, uma de suas bandeiras durante a campanha eleitoral.

"Somente por meio da Europa nós poderemos eficientemente proteger nossas fronteiras e receber aqueles que precisam de proteção de uma maneira digna, e, ao mesmo tempo, enviar de volta [aos seus países] aqueles que não são elegíveis para refúgio", declarou Macron.

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O presidente afirmou que a criação de uma agência comum aceleraria e harmonizaria os procedimentos usados pelos países para lidar com os imigrantes. Ele também defendeu a "criação gradual" de uma polícia europeia de fronteiras.

Estima-se que desde 2015 cerca de 1,7 milhão de refugiados chegaram à Europa, vindos principalmente da Síria, do Afeganistão e de outras regiões de conflito. A forma como tratá-los tem sido um dos principais pontos de desacordo entre os membros da União Europeia.

Os refugiados se concentraram nos portos de entrada, o que levou a União Europeia a decidir pela sua distribuição por meio de um sistema de cotas entre os demais países-membros, desafogando Grécia e Itália. A medida enfrentou resistência.

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No início de setembro, o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que a Hungria e a Eslováquia não podiam rejeitar suas cotas de migrantes.

NACIONALISMO

O presidente francês fez um alerta sobre os perigos do nacionalismo anti-imigração e afirmou que esse movimento é contrário aos princípios de uma Europa compartilhada.

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A reforma de Macron depende de apoio do governo da Alemanha, que recentemente teve a chanceler Angela Merkel reeleita para um quarto mandato.

Seu partido, porém, perdeu espaço, e a sigla de direita populista AfD (Alternativa para a Alemanha) entrará no Parlamento –a primeira vez em que a extrema-direita chega à Casa desde o fim da Segunda Guerra em 1945.

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"Nós pensávamos que o passado não iria voltar", disse Macron. Para ele, essa atitude isolacionista ressurgiu "porque nós nos esquecemos de defender a Europa".

DEFESA

O presidente francês propôs a criação de uma "força comum de intervenção" até 2020 e afirmou que para isso seriam necessários "um orçamento europeu de defesa e uma doutrina comum para ação".

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Macron disse que pretende abrir as Forças Armadas francesas a soldados europeus e sugeriu que outros membros da UE façam o mesmo, de forma voluntária.

Para melhorar o combate ao terrorismo, o presidente defendeu a criação de uma academia de inteligência europeia e de uma polícia civil comum.

ECONOMIA

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"Um poder econômico durável só pode ser construído em torno de uma moeda única. É a partir dessa união monetária e econômica que nós podemos criar uma Europa integrada, declarou Emmanuel Macron.

"Não se trata de mutualizar nossas dívidas passadas ou resolver os problemas econômicos deste ou daquele país", disse.

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O presidente defendeu a criação de um orçamento único para os países que adotaram a moeda comum, o que permitiria investimentos em projetos europeus e ajudaria a estabilizar a zona do euro em caso de crise econômica.

Reforçando uma de suas bandeiras durante a campanha eleitoral, Macron afirmou que o orçamento comum necessita de "uma forte liderança política conduzida por um único ministro".

Ele também propôs a criação de uma "banda de tributação empresarial" única para a Europa e a instituição de um salário mínimo europeu que reflita a realidade econômica de cada país.

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MERCADO DIGITAL

Macron propôs a criação de um "mercado digital único", nos moldes de outros mercados únicos da União Europeia e defendeu uma maior regulamentação da economia online.

Nesse sentido, o presidente defendeu que os tributos sobre valor agregado sejam cobrados onde esse valor é criado, independentemente do país de incorporação da empresa.

Segundo ele, isso evitaria que empresas se registrassem em países com impostos menores com o objetivo de escapar desse tipo de tributação.

O presidente também defendeu investimentos no desenvolvimento de tecnologias e afirmou que a União Europeia necessita de uma "agência de inovação disruptiva" para viabilizar o financiamento de pesquisas em áreas como a da inteligência artificial.

INSTITUIÇÕES

"Precisamos de uma Europa que seja mais simples, mais transparente e menos burocrática", disse Macron.

O presidente francês também propôs reduzir os membros da Comissão Europeia de 30 para 15, rompendo assim com a ideia de que cada país devesse ter seu representante.

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