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'Há milhões de problemas com o islã', diz líder

CAROLINA VILA-NOVA, ENVIADA ESPECIAL MAGDEBURGO, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - André Poggenburg, 42, vê uma Alemanha ameaçada pelo islã e devolve a ameaça: "O islã aqui não tem lugar". Líder do partido nacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD) na Saxônia-A

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.09.2017, 02:50:09 Editado em 23.09.2017, 23:51:27
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CAROLINA VILA-NOVA, ENVIADA ESPECIAL

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MAGDEBURGO, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - André Poggenburg, 42, vê uma Alemanha ameaçada pelo islã e devolve a ameaça: "O islã aqui não tem lugar".

Líder do partido nacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD) na Saxônia-Anhalt, onde a legenda teve o melhor desempenho eleitoral até o momento em uma eleição estadual (24,2%), Poggenburg diz que o país vive "milhões de problemas" por causa da religião: "Há sociedades paralelas; partes de grandes cidades onde vigora a lei islâmica".

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Leia trechos de sua entrevista à reportagem.

Pergunta - O que é a Alternativa para a Alemanha?

André Poggenburg - Somos um partido jovem reformista, de renovação e patriótico. Achamos que a política se alijou do cidadão comum e que os representantes do povo não o representam. As pessoas estão insatisfeitas, o que gera consequências políticas.

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Um caso é a União Europeia, quando a Alemanha se tornou o principal pagador dos pacotes de ajuda a membros endividados da zona do euro. As pessoas acham que é preciso deixar essa estrutura da UE, a zona do euro, que tem para nós custo insustentável.

Outro fator é a imigração em massa. Em 2015, a chanceler da Alemanha decidiu por conta própria abrir as fronteiras e muita gente na nossa pátria não aceitou isso bem.

Claro que havia gente que de fato era refugiado e precisava de ajuda, mas muitos se aproveitaram para vir para cá por uma vida melhor. Estão no direito deles, mas para nós cria problema. Fora que também vieram muitos ilegais.

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E trouxeram o islã. Os valores do islã não pertencem à Alemanha e à Europa. Na Alemanha todos devemos seguir a lei fundamental; daí vem o islã e diz: "não, minha lei fundamental é a sharia". Por isso, sempre haverá confronto.

Há tempos os partidos de esquerda lutam pela igualdade entre homens e mulheres, pela inclusão dos homossexuais. Aí vem uma religião que questiona esses valores, e os partidos de esquerda dizem que não se pode combatê-la.

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Já há milhões de muçulmanos que vivem na Alemanha. O que aconteceria com eles?

Poggenburg - Sim, e existem milhões de problemas na Alemanha com os muçulmanos. Há sociedades paralelas; em partes de algumas grandes cidades já não vigora a lei alemã, vigora apenas a lei islâmica; há represálias; há meninas que já não vão mais à escola regular, que já não têm liberdade de sair sozinhas. Há cada vez mais ataques sexuais.

As pessoas querem um partido que diga não ao islã.

Quais as prioridades da AfD no Parlamento?

Poggenburg - Uma das principais será segurança. Há dois aspectos: um, os danos causados pela imigração em massa e pelo islã; dois, o extremismo de esquerda. Não há dúvida de que há extremismo de direita na Alemanha, ao qual também somos contra. Mas há só uma iniciativa contra o extremismo de esquerda, iniciada aqui em Magdeburgo pela AfD.

A liderança nacional da AfD o repreendeu por suas declarações sobre "a Alemanha para os alemães". O que diz?

Poggenburg - A Alemanha não deve ser influenciada por forças exteriores, e sim obter sua força de dentro e influenciar os demais. Se um francês diz "A França para os franceses" isso não é problema. Com a nossa história e pelo fato de partidos realmente extremistas como o NPD terem usado a frase, ela causa barulho. Mas se uma afirmação é correta, devemos poder usá-la. A liberdade começa com a livre expressão.

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