GUSTAVO FIORATTI
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Quem acha que jovens na casa dos 20 não são capazes de fazer um show de rock como se fazia no século passado precisa ver a banda de Nashville Tyler Bryant & The Shakedown tocar.
O grupo, que se apresentou no Rock in Rio nesta quinta-feia (21), não deixou nenhum dos poucos roqueiros cabeludos que ainda permanecem vivos no planeta descontente. Empolgou o público com seu blues-rock feito como nos velhos tempos.
Talvez a diferença seja uma noção midiática mais, agora sim, século 21. O líder da banda (vocal e guitarras) pediu para o público levantar as mãos para uma foto; do fundo do palco, um fotógrafo fez um retrato da Shakedown com esse cenário posado de fundo. Também houve pedido para que as fotos feitas pelo público fossem divulgadas nas redes à vontade.
Bryant vem do Texas e já dava entrevistas para a imprensa americana aos 21 anos, quando lançou seu primeiro de dois discos, "Wild Child". Hoje, aos 26, tem visual mais comportado, franja bem aparada e não usou calças e camiseta pretas como os outros integrantes do grupo -preferiu um colete cinza, sem mangas e sem camiseta por baixo. A voz tem mais do heavy metal do que do blues.
"Downtown Tonight" e "Mojo Workin" são canções do repertório que condensam a vocação popular da banda, especialmente por conta de letras que idealizam figuras femininas e romantizam a vida boêmia. Entre os integrantes, está Graham Whitford, filho de Brad Whitford, guitarrista da banda Aerosmith, cuja apresentação também estava marcada para esta quinta.
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