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Em NY, ministro diz que Mariana foi 'fatalidade' e defende fim da Renca

ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Em um seminário a investidores americanos em Nova York, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta quarta (20), que o rompimento de uma barragem da empresa de mineração S

Da Redação

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Publicado em 20.09.2017, 13:30:09 Editado em 20.09.2017, 13:30:09
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ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL

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NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Em um seminário a investidores americanos em Nova York, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta quarta (20), que o rompimento de uma barragem da empresa de mineração Samarco em Mariana (MG), em 2015, que destruiu vilas inteiras e matou 19 pessoas foi uma "fatalidade" sobre a qual não se tem controle.

Coelho Filho falava aos americanos sobre como a mineração "ainda é uma atividade mal vista no Brasil", ao contrário de países vizinhos, que se orgulham e promovem a atividade mineral.

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"Tivemos recente o desastre em Mariana, que não contribuiu. Mas aquilo tem que ser encarado como o que de fato foi: um acidente. E nós temos que trabalhar para que outros não ocorram, mas com uma fatalidade você não tem controle sobre isso", disse o ministro, sem citar a Samarco, que foi responsabilizada em relatório de 2016 da Câmara dos Deputados pelo rompimento e suas consequências.

Coelho Filho ainda defendeu o decreto presidencial que prevê a extinção da Renca (Reserva Nacional de Cobre e seus Associados), no Amapá. A decisão foi suspensa por 120 dias no final de agosto após a forte reação negativa.

"Ninguém falava antes deste episódio [do decreto] da exploração ilegal que existe na Renca, como se aquilo não fosse um problema do Estado. Agora, ao querer legalizar o que lá dentro tem, se criou todo esse debate", disse, no seminário promovido pelo jornal "Financial Times".

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Segundo ele, o governo "não está querendo mexer numa área indígena, numa reserva ambiental". "O que nós queremos é que a reserva mineral, que foi feita em 1984 com expectativa de que aquela exploração fosse feita pelo Estado -e o Estado não mais fará nenhum tipo de atividade mineral-, possa ser ofertada à iniciativa privada", afirmou.

O ministro repetiu a informação dada pelo presidente Michel Temer em seu discurso à Assembleia Geral da ONU de que o Brasil reduziu mais de 20% do desmatamento na Amazônia no último ano.

"É importante falar que foi esse governo, que depois de quatro, cinco anos de desmatamento crescente na Amazônia, foi quem conseguiu reverter a curva e reduzir em 20% [o desmatamento] do ano de 2016 para 2017", disse. "Muitos não querem atribuir ao governo porque deixam a política interferir na questão da administração, mas o resultado é muito claro."

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A organização Conectas contestou os números, logo depois do discurso de Temer, dizendo que o presidente citou dados do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), que alerta apenas sobre os focos mensais de desmatamento.

"Essa redução se dá por fatores alheios às políticas do governo, que tem uma agenda de apoio ao desmantelamento da legislação ambiental", afirmou Caio Borges, coordenador da Conectas.

Aos investidores, o ministro disse que "há espaço para elevar muito mais" a exploração mineral no Brasil.

"Temos que mostrar para a população o potencial [mineral] do Brasil. A mineração hoje representa 4% do nosso PIB e 97% da mineração brasileira é de superfície, então nós estamos muito longe de explorar o nosso potencial mineral."

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