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Novo terremoto atinge o México e deixa pelo menos 217 mortos

DIEGO ZERBATO E ANA PAULA TOVAR CIDADE DO MÉXICO, MÉXICO (FOLHAPRESS) - Pelo menos 217 pessoas morreram após um terremoto de magnitude 7,1 atingir a Cidade do México e mais cinco Estados na tarde desta terça-feira (19), doze dias após o país passar por um

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.09.2017, 09:20:09 Editado em 20.09.2017, 09:20:09
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DIEGO ZERBATO E ANA PAULA TOVAR

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CIDADE DO MÉXICO, MÉXICO (FOLHAPRESS) - Pelo menos 217 pessoas morreram após um terremoto de magnitude 7,1 atingir a Cidade do México e mais cinco Estados na tarde desta terça-feira (19), doze dias após o país passar por um tremor que deixou 98 mortos.

A nova tragédia coincide com o dia em que se completam 32 anos do sismo de 1985, que deixou 10 mil mortos. A região mais atingida é a mais populosa do México, com 41,2 milhões de pessoas, ou 34% dos habitantes do país.

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Segundo o Serviço Sismológico Nacional, o terremoto ocorreu às 13h14 locais (15h14 em Brasília) e seu epicentro foi no continente, a 12 km de Axochiapan, no Estado de Morelos, a 120 km da capital, a 57 km de profundidade.

Pelo menos 86 delas perderam a vida na Cidade do México, onde o chefe de governo, Miguel Ángel Mancera, decretou estado de emergência. O diretor de Proteção Civil do governo, Luis Felipe Puente, chegou a dizer no Twitter que o número de mortos havia chegado a 248, mas voltou atrás uma hora depois, dizendo que 217 morreram.

As regiões mais afetadas foram o centro -concentra os prédios históricos- e a zona sul, que abarca tantos bairros afluentes quanto mais pobres. A Defesa Civil pediu que os moradores contribuam para os resgates com ferramentas, remédios, comida e água e que doem sangue.

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Pelo menos 50 prédios foram abaixo, incluindo uma escola de Villa Coapa, no extremo sul da cidade, em que 26 crianças e quatro adultos morreram. Outras 38 pessoas estão desaparecidas.

Em alguns deles, equipes da Defesa Civil, bombeiros e voluntários buscavam possíveis pessoas presas. A imprensa mexicana informava que alguns dos soterrados pediam ajuda pelo celular.

Apesar da intensidade do tremor, o transporte público foi afetado levemente. Às 17h, apenas duas das 195 estações das 12 linhas estavam fechadas e as autoridades liberaram as catracas de acesso aos trens, aos ônibus e ao BRT.

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O tremor também derrubou pontes, viadutos e passarelas e abriu uma fenda no acesso ao terminal 2 do Aeroporto Internacional Benito Juárez, que já havia sido danificado no terremoto de magnitude 8,1 no último dia 7.

O terminal aéreo foi fechado por quatro horas para avaliações e voltou ao normal a partir das 22h (0h em Brasília). Ao menos 180 voos foram afetados, entre cancelados e atrasados -nenhum voo para o Brasil está na lista.

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Outras 55 pessoas morreram no Estado de Morelos, ao sul da capital e onde fica o epicentro. O governador local, Graco Ramírez, diz que 22 dos 33 municípios foram afetados e que milhares de construções foram abaixo.

O tremor ainda provocou a morte de 39 pessoas em Puebla, Estado vizinho ao ponto onde ocorreu o terremoto, 12 no Estado do México, três no Estado de Guerrero e uma em Oaxaca.

As aulas foram suspensas em 11 das 32 unidades federativas mexicanas, incluindo as sete mais afetadas pelo tremor.

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Alguns pontos turísticos da região foram afetados. Na capital, o Estádio Azteca, onde a seleção brasileira foi campeã do mundo em 1970 e a argentina em 1986, sofreu uma rachadura em parte do teto.

O governador do Estado de Puebla, Rafael Valle, disse que foram destruídas partes das igrejas históricas da cidade homônima e das vizinhas Cholula e Atlixco foram destruídas. A região é conhecida por abrigar templos do século 18 de estilos como os barrocos clássico e indígena.

As autoridades abriram mais de cem albergues e centros e arrecadação na região afetada, o maior deles no Zócalo, a principal praça da Cidade do México, em frente à sede do Executivo mexicano.

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No momento do tremor, o presidente Enrique Peña Nieto viajava a Oaxaca, Estado mais afetado pelo abalo do dia 7. Em entrevista, ele disse que enviará à região central as equipes que atuavam há 12 dias no Estado e em Chiapas.

"Ativamos todas as áreas da administração e trazendo de volta funcionários que estavam em Oaxaca e Chiapas. Não estamos retirando a assistência a eles, mas agora a região central vive uma situação de emergência."

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Horas depois, ele visitou a escola em Villa Coapa e fez um novo pronunciamento. "Esta é uma dura e dolorosa prova ao país."

Em nota, o governo brasileiro prestou condolências e informou que, até então, não havia registro de brasileiros entre os mortos.

Residentes no México que precisem de auxílio podem entrar em contato pelos telefones de emergência do consulado-geral do Brasil no México: 0 44 55 3455-3991 (da Cidade do México), 01 55 3455-3991 (do interior do México) ou (00xx) 52 1 55 3455-3991 (a partir do Brasil). O Núcleo de Assistência a Brasileiros do Itamaraty, em Brasília, poderá ser acionado pelo e-mail dac@itamaraty.gov.br e também pelos telefones +55 61 2030 8803/8804 (das 8h às 20h) e + 55 61-98197-2284 (Plantão Consular, das 20h às 8h).

DESESPERO

A segunda maior cidade da América Latina, atrás de São Paulo, ficou paralisada nas horas seguintes ao tremor. Os escritórios e restaurantes fechados, mais de 3,8 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica e os telefones funcionam com dificuldade.

Francisco Tostado, 36, estava na casa de uma amiga bairro nobre de Condesa, um dos mais afetados, no momento do tremor. "A porta não abria e começamos a gritar, até que um vizinho conseguiu abrir", disse.

Apesar da tragédia, algumas tradições da Cidade do México se mantiveram. Os moradores aliviam a fome nas barraquinhas de comida e compravam água de ambulantes e de algumas mercearias que estavam abertas.

A quantidade de pessoas no meio da rua prejudicou ainda mais o já caótico trânsito da cidade. O ruído das ambulâncias, carros de bombeiros e dos cachorros latindo era muito intenso.

Havia também relatos de saques e roubos na capital e em outros Estados afetados. A polícia informou que os criminosos serão presos, apesar da destruição da tragédia.

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