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ATUALIZADA - Na ONU, Trump ameaça "destruir totalmente" a Coreia do Norte

ISABEL FLECK E SILAS MARTÍ NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Donald Trump fez sua estreia na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (19) com um discurso de confrontação inédito para um presidente americano no púlpito da organização, no qual ameaçou "destru

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.09.2017, 21:20:09 Editado em 19.09.2017, 21:20:09
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ISABEL FLECK E SILAS MARTÍ

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NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Donald Trump fez sua estreia na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (19) com um discurso de confrontação inédito para um presidente americano no púlpito da organização, no qual ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte,classificou o regime iraniano como "assassino" e repetiu que os EUA estão preparados para tomar mais medidas contra Caracas.

"Os EUA têm muita força e paciência, mas se forem forçados a se defender ou a defender seus aliados, não teremos outra escolha a não ser destruir totalmente a Coreia do Norte", disse Trump, provocando imediatamente burburinho entre as delegações surpresas com a linguagem.

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Trump disse que "o homem do foguete" (como chama o ditador norte-coreano, Kim Jon-un) "está numa missão suicida para ele e seu regime", mas espera "não ser necessário" acabar com o país.

Antes de Trump falar, o chanceler norte-coreano deixou o plenário em protesto.

Grande parte dos 42 minutos de discurso (o limite protocolar são 15) foi usada para criticar ou ameaçar Pyongyang, Teerã e Caracas --e, em menor escala, Havana, Damasco, facções terroristas e governos que as apoiem.

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Houve espaço também para uma crítica implícita à China quando afirmou ser um "ultraje" que algumas nações não apenas façam comércio com o regime norte-coreano como também "armem, forneçam equipamentos e apoiem financeiramente um país que põe o mundo em risco com um conflito nuclear".

IRÃ

Em sua escalada, Trump ainda indicou que pode quebrar o acordo sobre o programa nuclear com o Irã ao afirmar que é "um dos piores" já feitos pelos EUA e uma "vergonha" para o país: "Não podemos cumprir um acordo se ele oferece cobertura para a eventual construção de um programa nuclear".

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Os EUA precisam definir até 15 de outubro se consideram que Teerã cumpre sua parte. Se avaliarem que não, o Congresso terá 60 dias para decidir se reimpõe sanções suspensas pelo trato.

O discurso gerou reações de outros governantes que subiram ao púlpito. O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que acabar com o acordo nuclear com o Irã -do qual Paris faz parte- seria irresponsável e deixaria o mundo mais perigoso. Ele ainda disse que ameaças a Coreia do Norte são impetuosas e contraproducentes.

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Em entrevista à TV NBC, o presidente do Irã, Hasan Rowhani, respondeu a Trump que acabar com o acordo seria uma vergonha e faria com que os EUA perdessem a confiança da comunidade internacional. "Depois disso, que país se disporia a se sentar à mesa com os EUA?".

O brasileiro Michel Temer preferiu não criticar diretamente Trump, mas disse que a "posição do Brasil é sempre a de soluções diplomáticas".

VENEZUELA

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Trump tampouco poupou críticas ao regime de Nicolás Maduro, dizendo que o ditador "destruiu uma nação próspera ao impor uma ideologia fracassada que produziu miséria em qualquer lugar que foi testada".

O presidente arrancou risos de alguns delegados ao dizer que o problema da Venezuela não foi que "o socialismo não foi implementado do jeito certo, e sim que ele foi implementado fielmente".

"Como vizinhos responsáveis, nós e todos os outros temos um objetivo [...] ajudar os venezuelanos a resgatar sua liberdade, recuperar seu país e restaurar sua democracia", disse Trump, pedindo para que "cada país representado ali estivesse preparado para fazer mais" para pressionar o regime de Maduro.

O mesmo pedido fora dirigido a Brasil, Colômbia, Argentina e Panamá em um jantar oferecido na noite anterior pelo presidente americano a líderes desses países.

"Não aceitamos ameaças do presidente Trump nem de ninguém neste mundo", disse o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, em resposta. "É a primeira vez que Trump vem à ONU e, em vez de falar da paz na casa da paz, não fez mais do que promover ações de guerra e apontar o dedo para nossa democracia."

No organismo que serve de pilar ao sistema multilateral, Trump exaltou o patriotismo e defendeu países "fortes, soberanos e independentes".

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