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ATUALIZADA - Trump diz na ONU que EUA podem ter que 'destruir' a Coreia do Norte

ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL, E SILAS MARTÍ NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Num discurso incendiário, Donald Trump prometeu que "se os Estados Unidos forem obrigados a se defender ou defender seus aliados, não terão outra escolha a não ser destruir a Core

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.09.2017, 15:20:09 Editado em 19.09.2017, 15:20:09
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ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL, E SILAS MARTÍ

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NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Num discurso incendiário, Donald Trump prometeu que "se os Estados Unidos forem obrigados a se defender ou defender seus aliados, não terão outra escolha a não ser destruir a Coreia do Norte.

"É um país que põe o mundo em perigo", disse o presidente americano, sobre o "regime depravado" do ditador Kim Jong-un. "As armas da Coreia do Norte ameaçam o mundo todo com um potencial impensável de perdas de vidas humanas. Nenhuma nação tem interesse em ver esse homem se armar com armas nucleares."

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"O homem do foguete [como ele chama o ditador Kim Jon-un] está numa missão suicida para ele e o seu regime", afirmou.

Em sua estreia nas Nações Unidas, Trump desfez qualquer impressão que poderia vir a baixar o tom e esbravejou contra regimes autoritários, citando o Irã e a Venezuela, num longo elogio ao poderio militar e ao patriotismo.

"Nossos cidadãos pagaram um preço caro para defender a liberdade de muitas nações", disse. "Das praias da Europa aos desertos do Oriente Médio, mesmo quando saímos dos conflitos mais sangrentos, nunca buscamos vantagens territoriais ou impusemos nossos costumes."

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Ele falou em "devoção ao campo de batalha" e em "caráter americano" ao defender um mundo de países "fortes, soberanos e independentes" que lutam por seus interesses, emendando uma tentativa de explicar ao mundo seu lema "America First", ou América em primeiro lugar

"Fui eleito não para tomar o poder, mas para dar poder ao povo americano", afirmou. "Como presidente dos Estados Unidos, sempre vou pôr a América em primeiro lugar, da mesma forma que vocês, como líderes de seus países, devem colocar os seus países em primeiro lugar."

Nesse ponto, o republicano atacou o Irã, criticando o acordo nuclear com o país que tem o "derramamento de sangue como produto de exportação". Ele voltou a dizer que o acordo é o pior já negociado, num sinal de que pode decidir não respaldá-lo até o próximo dia 15.

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Também ameaçou Cuba e Venezuela, usando as mesmas palavras sobre a ditadura de Nicolás Maduro em seu discurso a líderes latino-americanos, entre eles o presidente Michel Temer, num jantar às margens do encontro.

"O problema não é que o socialismo não foi implementado do jeito certo, e sim que ele foi implementado fielmente", disse o americano, arrancando risos das delegações na Assembleia-Geral. "Esse regime corrupto impôs uma ideologia falida que só levou à pobreza e à miséria ao povo venezuelano."

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Trump, aliás, não divergiu do roteiro prévio de seu discurso antecipado pela Casa Branca, adiantando que Coreia do Norte, Irã e Venezuela seriam seus principais alvos -o chanceler norte-coreano, aliás, deixou o salão da Assembleia em protesto durante o discurso do presidente.

O americano também retomou, usando muitas das mesmas palavras, seu apelo por uma reforma da ONU, na tentativa de diminuir os gastos dos Estados Unidos com o órgão -Washington banca 22% dos US$ 5,4 bilhões de verbas anuais da organização e 28% dos US$ 8 bilhões destinados a missões de paz.

"Nós pagamos muito mais do que as pessoas imaginam. Mas, sendo justo, se isso fosse o suficiente para atingir a paz, o investimento seria válido, mas muitas partes do mundo estão em conflito e algumas, francamente, vão para o inferno", disse o presidente, causando certo espanto.

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Trump, aliás, abriu o discurso em tom protocolar, mas acabou se soltando ao longo de sua fala, como um comediante de stand-up à vontade diante de uma plateia difícil.

Depois de reclamar da ONU, Trump chegou a lembrar seus momentos de campanha. Mesmo dizendo que os Estados Unidos são "amigos do mundo", falou que seu país não pode sair em desvantagem em acordos comerciais e ser vítima da globalização, que acabou com empregos da classe média.

"Milhões de empregos e milhares de fábricas desaparecem. Nossa grande classe média, antes um pilar da prosperidade americana, foi esquecida", disse. "Mas agora não está mais esquecida e nunca mais será esquecida."

Noutro apelo à sua base eleitoral, Trump criticou os "custos substanciais" da "imigração descontrolada" e defendeu restringir o número de refugiados aceitos pelos Estados Unidos, dizendo que "com o valor gasto com um refugiado aqui podemos ajudar dez refugiados em seus países de origem".

Transbordando de adjetivos, como "vil" e "sinistro", Trump juntou suas considerações sobre a imigração e a crise dos refugiados a uma promessa de acabar com o "terrorismo islâmico radical", prometendo expulsar suspeitos do país e dizendo que "nos últimos oito meses tivemos mais progresso na luta contra o EI do que em todos os últimos anos juntos".

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