SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O grupo palestino islâmico Hamas disse neste domingo (17) que dissolveu a sua administração em Gaza -considerada um obstáculo à unidade palestina- e convocou o seu principal rival político, o movimento Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, para novas conversas.
Em comunicado, o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, disse que aceitou condições exigidas pelo Fatah para que um acordo entre os grupos se concretize. As medidas incluem a realização de eleições na Cisjordânia e em Gaza.
A última eleição legislativa palestina foi realizada em 2006, quando o Hamas venceu. No ano seguinte, o grupo expulsou de Gaza as forças de Abbas, deixando o presidente no controle apenas de áreas autônomas na Cisjordânia.
Desde 2011, inúmeras tentativas para reconciliar os dois movimentos falharam.
O anúncio do Hamas acontece dias após uma visita do líder do grupo, Ismail Haniyeh, ao Cairo, em sua primeira viagem ao país desde sua eleição em maio. Segundo o Hamas, o grupo responde a "generosos esforços egípcios para acabar com a divisão e alcançar unidade nacional".
Em março, o Hamas criou um comitê administrativo formado por sete lideranças do movimento para administrar os assuntos de Gaza. O órgão era visto pelo presidente Abbas como um governo paralelo que dificultava a reconciliação palestina.
Após o anúncio do Hamas, Mahmoud Aloul, uma autoridade do Fatah, disse que o grupo está pronto para uma reconciliação.
"[A declaração] é um sinal positivo", disse Aloul. "Nós estamos prontos para implementar a reconciliação".
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