ROGÉRIO PAGNAN
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sob esquema especial de segurança e com possibilidade de duração de até 12 dias, o julgamento de três acusados de participação na maior chacina da história de São Paulo terá início da tarde desta segunda-feira (18) em Osasco.
Em agosto de 2015, ataques em série deixaram 17 pessoas mortas em Osasco e na vizinha Barueri. Dois PMs e um guarda irão a julgamento. O júri de um outro PM ainda não tem data marcada -ele foi o único que recorreu da sentença que mandou todos a júri. Os quatro, presos há dois anos, alegam inocência.
Segundo a acusação, a chacina foi provocada por um grupo de PMs e guardas civis que se uniram para vingar a morte de dois colegas.
Os criminosos, usando touca ninja, saíram em ao menos dois carros por ruas dessas cidades atirando contra alvos escolhidos por eles. Em um único bar de Osasco, oito pessoas foram assassinadas e outras duas ficaram feridas.
Quanto à segurança do julgamento, a Polícia Militar prepara um reforço no policiamento no entorno do fórum, que inclui desvio e interdição de ruas.
Como há cerca de 40 testemunhas arroladas por Promotoria e defesa, a juíza responsável, Élia Kinosita Bulman, reservou o plenário por 12 dias. A Promotoria diz acreditar que a decisão do júri possa ocorrer até sexta (22).
Há também um esquema especial de transporte, já que as testemunhas, todas sob vigilância, irão pernoitar nos fórum da Barra Funda e Santana, ambos em São Paulo. A Justiça também estuda como acomodar os familiares das vítimas, já que o plenário tem capacidade para 119 pessoas. Dessas cadeiras, 15 delas são destinadas à imprensa.
O promotor Marcelo Alexandre de Oliveira diz ser impossível prever o resultado. "Qual o prognóstico do júri de Osasco? Eu não sei."
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