ISABEL FLECK
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Cerca de 6,7 milhões de pessoas na Flórida, quase um terço da população do Estado, ficaram sem energia depois da passagem do furacão Irma, que deixou pelo menos quatro mortos nos EUA e foi rebaixado à categoria de tempestade tropical nesta segunda (11).
No Caribe, o Irma, que chegou a ser um furacão de categoria 5 -a mais alta-, com ventos de mais de 250 km/h, foi responsável por 37 mortes. Como tempestade, ele seguiu com ventos de 80 km/h para a Geórgia e seus efeitos devem ser sentidos também, em menor escala, no Alabama e na Carolina do Norte e do Sul.
Na Flórida, os estragos foram bem menores que o esperado diante da força que o Irma mostrava nos últimos dias. As regiões mais afetadas foram as ilhas Key, no extremo sul do Estado, e Jacksonville, que teve uma grande área alagada. No restante da Flórida, casas foram destruídas, árvores e postes derrubados e carros revirados.
Segundo o Itamaraty, não há registro de brasileiros desaparecidos. O consulado do Brasil em Miami pode ser reaberto nesta quarta (13).
O publicitário brasileiro Marcelo Goulart, 40, que decidiu permanecer em casa em Miami Beach depois que o furacão mudou de rota para a costa oeste da Flórida, disse ter ficado apreensivo com a força do vento, que balançou o prédio onde mora.
"Se mesmo tendo mudado de rota, o impacto do furacão aqui já foi assim, da próxima vez eu com certeza não vou ficar em casa", disse. Segundo Goulart, Miami Beach parecia uma "cidade-fantasma" nesta segunda, com pouquíssimas pessoas nas ruas e muitas árvores derrubadas.
Em Tampa, que estava na rota do furacão, os impactos também foram bem menores do que o esperado. O parque Busch Gardens deve reabrir nesta quarta. Em Orlando, o Disney World reabre já nesta terça-feira (12).
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