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Na Colômbia, papa elogia acolhida a venezuelanos e bate o rosto em vidro

SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL CARTAGENA, COLÔMBIA (FOLHAPRESS) - O papa Francisco fez, na manhã deste domingo (10), em Cartagena, um elogio à acolhida que a Colômbia vem dando aos venezuelanos que atravessam a fronteira para fugir da crise política e e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.09.2017, 15:15:07 Editado em 10.09.2017, 15:15:07
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SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL

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CARTAGENA, COLÔMBIA (FOLHAPRESS) - O papa Francisco fez, na manhã deste domingo (10), em Cartagena, um elogio à acolhida que a Colômbia vem dando aos venezuelanos que atravessam a fronteira para fugir da crise política e econômica.

Acrescentou que "vem orando por todos os filhos e filhas dessa amada nação da Venezuela" e fez um "chamado a todos para que rejeitem a violência política e rezem por uma solução a essa grave crise, que atinge a todos, mas especialmente aos mais pobres e aos mais desfavorecidos".

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O último dia da visita do pontífice ao país foi marcado por uma peregrinação, que começou no fim do sábado (9) e atravessou a noite, de fiéis que vieram dos bairros periféricos da cidade. No centro histórico, estes se encontraram com turistas e religiosos estrangeiros hospedados nos hotéis da cidade amuralhada.

"Meu filho nunca tinha vindo ao centro, pensei que a visita do papa seria a melhor oportunidade, para que ele fosse abençoado pelo papa nessa terra que nos acolheu", contou à reportagem Pedro Urreta, 42, que saiu ainda de madrugada de sua casa, no bairro Nelson Mandela, uma urbanização formada por "desplazados" (deslocados pela violência), e usou vários tipos de condução -moto, ônibus e caminhada-, até chegar ao centro histórico de Cartagena.

"Eu cresci nos Montes de María (ao sul do Departamento), onde os paramilitares causaram muita violência por vários anos. Perdi parentes e amigos, por isso vim para Cartagena, e aqui recomecei minha vida com eles", disse, apontando para o filho Javier, 6, e a mulher, Estefania, 32.

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Na porta da Igreja de San Pedro Claver, o santo padroeiro da cidade, o papa abençoou a todos e fez referências ao passado histórico e colonial da cidade, antes porto de entrada para comerciantes de escravos. "Ainda hoje, na Colômbia e no mundo, milhões de pessoas ainda são vendidas como escravos, e mendigam um pouco de humanidade."

ACIDENTE

No caminho até o local, o pontífice fez um percurso que atravessou outros bairros humildes dessa cidade de 900 mil habitantes, mas cuja população abaixo da linha de pobreza é de cerca de 300 mil. Num deles, o bairro de San Francisco, o papa se machucou, batendo o rosto no vidro do papamóvel quando tentava abraçar um fiel. Logo, sua cara ficou um pouco inchada, e gotas de sangue salpicaram sua roupa.

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Os médicos quiseram interromper a viagem para atendê-lo, mas o religioso respondeu que não era necessário.

Na parte da tarde, o papa Francisco fará sua última missa na Colômbia, para cerca de 1 milhão de pessoas. Do aeroporto local, está previsto que retorne ainda nesta noite diretamente à Roma.

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