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Em crise financeira, Hospital São Paulo deixa de atender 40 mil pacientes

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quarenta mil pessoas deixaram de ser atendidas no pronto-socorro do Hospital São Paulo, ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), entre março e junho de 2017, segundo levantamento da instituição. Em 31 de março, a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.08.2017, 17:25:08 Editado em 29.08.2017, 17:25:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quarenta mil pessoas deixaram de ser atendidas no pronto-socorro do Hospital São Paulo, ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), entre março e junho de 2017, segundo levantamento da instituição.

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Em 31 de março, a unidade passou a atender apenas casos de urgência e emergência e consultas ambulatoriais devido à crise financeira da instituição. No mesmo período, 1,4 mil pacientes não puderam se internar, pois as cirurgias eletivas também estão suspensas. As informações são da Agência Brasil.

O hospital tem déficit de R$ 32 milhões, conforme dados de 2016, e uma dívida de R$ 160 milhões. A unidade começou a funcionar em 1940 como hospital-escola da EPM (Escola Paulista de Medicina). Em 1956, a EPM foi federalizada e, em 1994, foi transformada em universidade, a Unifesp. O hospital, por sua vez, ficou com a mantenedora SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), associação civil sem fins lucrativos, de natureza filantrópica.

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A instituição, que já anunciava a crise financeira em março e reivindicava mais recursos junto ao Ministério da Saúde, deixou de receber repasses do Rehuf (Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais), do governo federal, em maio. O órgão justifica que o Hospital São Paulo não se enquadra nos critérios previstos na legislação do programa.

O assunto foi alvo de ação do MPF-SP (Ministério Público Federal do Estado de São Paulo), que recomendou a retomada imediata dos repasses do Rehuf. De acordo com o MPF-SP, “o corte abrupto aprofundou ainda mais o déficit do HSP, cuja dívida acumulada nos últimos anos é estimada em R$ 160 milhões”.

Entre as justificativas para a suspensão do pagamento apontadas pelo Ministério da Saúde, está o fato de o hospital ser entidade filantrópica e receber recursos privados por meio da mantenedora, a SPDM. Para o MPF, no entanto, essa condição já era conhecida pelo governo federal desde 2010, quando a unidade foi incluída no programa. “O fato de a SPDM possuir a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área de Educação não constitui razão jurídica para a suspensão do repasse da verba do Rehuf à Unifesp, por inexistir expressa vedação legal e incompatibilidade entre os institutos”, disse o procurador Kleber Marcel Uemura.

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Em nota, o Ministério da Saúde informou que a suspensão do Rehuf se deu a partir de pareceres do TCU (Tribunal de Contas da União) e da AGU (Advocacia-Geral da União). “Pelo Decreto 7.082 de 2010, que institui o programa, os hospitais universitários federais participantes devem dedicar a totalidade da sua capacidade instalada assistencial ao SUS”, argumentou o órgão, que repassará as informações ao MPF.

Segundo o hospital, 95% dos atendimentos ocorrem pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

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