MARTHA ALVES E LUIZA FRANCO
SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Morreu na noite deste sábado (26) o sambista carioca Wilson das Neves, 81, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi informada.
Das Neves será velado neste domingo (27), a partir das 18h, na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, zona norte da cidade. O enterro será na segunda (28), às 10h, no Cemitério Jardim da Saudade.
Com 60 anos de carreira, Neves era um dos bateristas mais requisitados do país e referência do samba e da MPB. Ele já tocou com nomes como Caetano Veloso, Elis Regina, Clara Nunes, Cartola, Nelson Cavaquinho, João Nogueira e Sarah Vaughan, além de ser baterista da banda de Chico Buarque há mais de 30 anos.
Lançou-se como cantor em 1996, com o disco "O Som Sagrado de Wilson das Neves", que tem participações de Paulo César Pinheiro e Chico Buarque e foi condecorado com o Prêmio da Música Brasileira.
Gravou outros três discos como intérprete, "Brasão de Orfeu" (2004), "Pra Gente Fazer Mais Um Samba" (2010) e "Se me Chamar, Ô Sorte" (2013), todos marcados por sambas elegantes e melodias bem elaboradas.
O músico também era conhecido por usar o bordão "ô sorte" que, segundo ele, foi criado pelo compositor e cantor Roberto Ribeiro.
Aliás o bordão fez parte do nome da biografia de Neves, intitulado "Ô Sorte! Memórias de um Imperador", lançada no ano passado em comemoração ao seu aniversário de 80 anos. Publicado pela Editora Multifoco narra a vida e obra do artista.
Em 2010, a vida e obra de Das Neves também foi tema do documentário "O Samba é Meu Dom", do cineasta mineiro Cristiano Abud.
Artistas também lamentaram a morte do cantor e prestaram homenagens.
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