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ATUALIZADA - Homens são presos tentando saquear navio naufragado no Pará, diz governo

THIAGO AMÂNCIO E ADRIANO VIZONI, ENVIADOS ESPECIAIS PORTO DE MOZ, PA (FOLHAPRESS) - Três homens foram presos nesta quarta-feira (24) suspeitos de saquear o navio que naufragou no início da semana em Porto de Moz (PA), tragédia que deixou pelo menos 21 mor

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.08.2017, 16:55:08 Editado em 25.08.2017, 16:55:08
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THIAGO AMÂNCIO E ADRIANO VIZONI, ENVIADOS ESPECIAIS

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PORTO DE MOZ, PA (FOLHAPRESS) - Três homens foram presos nesta quarta-feira (24) suspeitos de saquear o navio que naufragou no início da semana em Porto de Moz (PA), tragédia que deixou pelo menos 21 mortos.

Segundo o secretário adjunto de Segurança Pública do Pará, André Cunha, ao chegar para realizar buscas no local do naufrágio, na manhã desta quarta, havia oito catraias, espécie de canoa pequena e a motor, ao redor do barco Capitão Ribeiro, afundado no rio Xingu.

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Ao verem se aproximar os barcos do governo do Estado, as embarcações fugiram. Três homens, no entanto, foram pegos, vestindo roupa de mergulho e carregando celulares, sandálias de crianças e até o aparelho de som de um carro que estava dentro do navio.

Eles disseram que buscavam itens a pedido do dono da embarcação, que negou, de acordo com Cunha, coronel da PM que deu voz de prisão aos suspeitos.

O governo encontrou outros quatro sobreviventes nesta quarta, que não apareceram na lista de passageiros inicialmente. O número estimado de passageiros é 52, sendo 23 mortos e 28 sobreviventes, e uma pessoa ainda desaparecida.

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"O mais difícil hoje é não sabermos qual o total de passageiros. Ontem achávamos que eram 48. Hoje é 52. O barco não tinha lista de passageiros, então amanhã pode subir. Isso dificulta saber a dimensão do problema", afirma Cunha.

DEPOIMENTO

O maquinista Alcimar Almeida da Silva, 41, proprietário do barco Capitão Ribeiro, assumiu, em depoimento à Polícia Civil, que a embarcação não tinha autorização para transportar passageiros entre Santarém e Vitória do Xingu.

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A Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará), que faz a gestão dos sistemas de transporte do Estado, informou que notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação LTDA, a proprietária do barco, numa operação realizada no dia 5 de junho, mas ninguém compareceu à agência para regularizar a situação.

Em depoimento à polícia, Almeida, que estava no barco e sobreviveu, confirmou que foi procurado pela Arcon, mas afirmou que não poderia regularizar o barco "em razão da crise e por estar em fase de 'experimentação'".

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Ele narrou à polícia que conseguiu autorização da Capitania dos Portos para fazer o trajeto de Santarém até a Prainha, segunda parada das cinco que o navio faz antes de chegar a Vitória do Xingu. Almeida diz que faz o trajeto há três anos desta com essa autorização parcial, em viagens semanais, e que, se registrasse que iria a Vitória do Xingu, deveria ter mais dois tripulantes a bordo.

Ele afirmou que havia sete toneladas de carga, incluindo um carro Fiat Uno e duas motos, e que a embarcação suporta 56 toneladas. Como outros sobreviventes, Almeida narrou ainda que o navio afundou após uma ventania forte. A principal hipótese do governo é que o naufrágio tenha ocorrido após a formação de uma tromba d'água, espécie de tornado, formar-se no Xingu.

SOBE NÚMERO DE MORTOS

Mais duas vítimas foram encontradas na manhã desta sexta-feira (25) nos escombros do barco Capitão Ribeiro, que naufragou na noite da última terça-feira (22) em Porto de Moz, interior do Pará.

São duas crianças, uma menina de cerca de 10 anos e um menino de 5, que foram encontradas no porão do navio pelas equipes de mergulho do Corpo de Bombeiros entre as 9h e as 10h. Os corpos, já em estado avançado de decomposição, foram levados ao ginásio da cidade, onde está montado o centro de perícia do governo do Estado. Com isso, o número de mortos confirmados sobe para 23.

Outros 28 passageiros foram encontrados vivos, e ainda há uma pessoa desaparecida.

O barco está atracado a uma balsa da prefeitura de Porto de Moz, que serve de base para as operações. Oficiais estão retirando a carga do porão do navio, que ainda está com o primeiro andar submerso.

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