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'Não há nenhum vestígio de democracia na Venezuela', afirma chefe da OEA

DANIELA KRESCH JERUSALÉM, ISRAEL (FOLHAPRESS) - Ao fim de uma visita oficial de três dias a Israel, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou que, até novembro, a organização apresentará ao Tribunal Penal Intern

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.08.2017, 01:45:08 Editado em 11.08.2017, 01:45:08
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DANIELA KRESCH

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JERUSALÉM, ISRAEL (FOLHAPRESS) - Ao fim de uma visita oficial de três dias a Israel, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou que, até novembro, a organização apresentará ao Tribunal Penal Internacional (TPI) provas do envolvimento do regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, em crimes contra a humanidade.

Em entrevista à reportagem, em Jerusalém, Almagro disse que ex-promotor da TPI Luis Moreno Ocampo, recentemente designado por ele como Assessor Especial da OEA para crimes contra a Humanidade, está recolhendo e catalogando informações para apresentar ao tribunal.

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A OEA não pode entrar com ação no TPI mas pode enviar dados para embasar processos que seus países-membros instaurem.

Pergunta - A Venezuela ainda é uma democracia?

Luis Almagro - Não. Quando um país é governado com base numa enorme fraude eleitoral, tem uma Assembleia Constituinte que arrebata praticamente todos os poderes do Estado, quando temos presos políticos, quando há políticos inabilitados, quando se suprimiu a independência dos poderes do Estado, quando nem Conselho Nacional Eleitoral e nem Tribunal Supremo Judicial são poderes independentes e foram tirados todos os poderes da Assembleia Nacional, quando as pessoas saem para se manifestar e chegamos a 130 pessoas assassinadas durante manifestações, não há, nesse país, nenhum vestígio de democracia.

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A OEA busca alguma condenação do regime venezuelano em uma corte internacional?

Almagro - Temos evidências suficientes de que houve e ainda há crimes contra a humanidade na Venezuela. A tortura é um dos crimes contra a humanidade mais claros na Venezuela. E é realizada de maneira sistemática por parte do regime. O assassinato de 130 manifestantes é uma variável na dinâmica de assassinatos políticos. Acho que, no fim de outubro ou princípio de novembro, já poderíamos apresentar documentação ao TPI.

O que mais a OEA pode fazer?

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Almagro - A OEA tem que continuar a fazer o que vem fazendo. Denunciamos com muita força todos os atos contrários às instituições do país. O máximo que organizações internacionais podem fazer é adotar sanções. Mas ditaduras não caem empurradas por fora, caem empurradas de dentro.

Falta pressão interna na Venezuela?

Almagro - Faltam elementos de pressão que signifiquem um desafio ao poder do regime.

O que o Brasil pode fazer para ajudar o povo venezuelano?

Almagro - O Brasil fez esforços especiais para apoiar a democratização da Venezuela. Tem sido um dos países mais fortes e duros ao condenar o regime bolivariano. Moveu instâncias internacionais, não só a OEA como no próprio Mercosul, e ofereceu ajuda humanitária, que não pôde chegar inteiramente por causa de impedimentos impostos pelo regime.

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