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Roger Abdelmassih deixa apartamento e dá entrada no Albert Einstein em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-médico Roger Abdelmassih, 73, deixou seu apartamento no Jardim Paulistano, na zona oeste de capital paulista, para se submeter a um tratamento no Hospital Israelita Albert Einstein, na manhã desta segunda-feira (7). Ele c

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.08.2017, 10:30:07 Editado em 07.08.2017, 10:30:07
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-médico Roger Abdelmassih, 73, deixou seu apartamento no Jardim Paulistano, na zona oeste de capital paulista, para se submeter a um tratamento no Hospital Israelita Albert Einstein, na manhã desta segunda-feira (7). Ele chegou ao hospital por volta das 7h em um táxi acompanhado pela mulher.

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A unidade hospitalar, localizada na zona sul de São Paulo, não informou se o ex-médico ficará internado ou se procurou o local apenas para fazer exames. A Folha de S.Paulo aguarda um posicionamento do hospital.

Abdelmassih cumpre prisão domiciliar desde o início do mês de julho, após ter sido condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de dezenas de pacientes que o procuravam para se submeter a tratamentos de fertilização para engravidar.

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A ida do ex-médico ao Einstein foi autorizada pela Justiça. A ordem saiu em despacho feito pela juíza Wania Regina Gonçalves da Cunha, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté (a 140 km de São Paulo).

Problemas de saúde levaram Abdelmassih a conseguir na Justiça a transferência da penitenciária de Tremembé, no interior de SP, onde estava preso desde 2014, para sua casa, na capital paulista.

BATALHA JUDICIAL

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Em 21 de junho, a juíza Sueli Zeraik Armani, da 1ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté, concedeu o benefício sustentado pela defesa de Abdelmassih, que alegou que a penitenciária não teria condições estruturais para tratá-lo.

Laudo médico assinado pelo cardiologista Lamartine Cunha Ferraz e anexado ao pedido, no entanto, diz que Abdelmassih sofre de cardiopatia grave, que deve ser tratada de forma clínica, com administração de medicamentos "facilmente usados em qualquer ambiente fora do hospital", como revelou a Folha.

Após o pedido ser concedido em primeira instância, o desembargador José Raul Gavião de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, acatou pedido de mandado de segurança feito pelo promotor Luiz Marcelo Negrini de Oliveira de Mattos, da 3º Procuradoria de Justiça de Taubaté, para que o ex-médico fosse mandado de volta ao presídio, para onde retornou no dia 1º de julho.

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Mas uma nova decisão, desta vez, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), recolocou o ex-médico em casa. A presidente do STJ, Laurita Vaz, sustentou que a forma processual como o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo não foi adequada.

"Ao analisar a matéria processual trazida no pedido de liminar, a ministra confirmou que configura constrangimento ilegal a utilização de mandado de segurança para restabelecer prisão na pendência de recurso interposto. Trata-se de entendimento consolidado pelo tribunal há muito tempo", afirma nota do STJ. O julgamento final do habeas corpus caberá à Quinta Turma do STJ. Não há data prevista.

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Uma das vítimas do ex-médico, Vanuzia Leite Lopes divulgou uma nota dizendo estar indignada após saber da ida dele para casa. "Como brasileira, mulher e vítima estou indignada em ver esse monstro em liberdade! Mas confio na Justiça e no STJ. Se houve algum vicio técnico, os atentos desembargadores saberão corrigi-lo e desfazer essa injustiça", afirma.

ENTENDA O CASO

Abdelmassih ficou conhecido como "médico das estrelas" e chegou a ser considerado um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, antes de ser acusado por dezenas de pacientes por abuso sexual.

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O primeiro caso foi denunciado ao Ministério Público em abril de 2008, por uma ex-funcionária do ex-médico, como foi revelado pela Folha. Depois, outras pacientes, com idades entre 30 e 40 anos, disseram ter sido molestadas quando estavam na clínica.

As mulheres afirmam que foram surpreendidas por investidas do ex-médico quando estavam sozinhas -sem o marido e sem enfermeira presente -os casos teriam ocorrido durante a entrevista médica ou nos quartos particulares de recuperação. Três dizem ter sido molestadas após sedação.

Em 2010, o ex-médico foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pela série de estupros de pacientes. A pena acabou reduzida para 181 anos em 2014 por causa da prescrição de alguns crimes.

Abdelmassih ficou foragido por três anos antes de ser preso e chegou a liderar a lista de procurados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Ele foi localizado em agosto de 2014, em Assunção, no Paraguai, de onde foi deportado.

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) iniciou um processo contra o médico em 2009, logo após as denúncias, e a cassação definitiva do registro profissional saiu em maio de 2011.

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