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Reunião do Mercosul em SP deve impor nova suspensão a Caracas

SYLVIA COLOMBO BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - A reunião dos chanceleres do Mercosul que ocorre neste sábado (5), em São Paulo, deve fechar ainda mais o cerco diplomático à Venezuela, definindo uma nova suspensão do país do bloco, por meio da aplic

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.08.2017, 00:25:02 Editado em 05.08.2017, 00:25:02
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SYLVIA COLOMBO

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - A reunião dos chanceleres do Mercosul que ocorre neste sábado (5), em São Paulo, deve fechar ainda mais o cerco diplomático à Venezuela, definindo uma nova suspensão do país do bloco, por meio da aplicação do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático.

Além da suspensão mais técnica, por descumprir cláusulas que regulam o Mercosul, definida em dezembro, deve ser agregada uma nova suspensão, desta vez claramente política -o agravamento da ruptura democrática no país caribenho.

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Até a sexta (4) à tarde, os diplomatas não usavam o termo "expulsão", algo que o próprio chanceler argentino, Jorge Faurie, descartou na cúpula do bloco em julho, em Mendoza, por ir "contra o espírito do Mercosul, que é o de ampliar sua atuação na região e não reduzi-la".

A nova suspensão, na prática, significa que o país continuará de fora de todos os órgãos de atuação do bloco. Não se trata de um meio-termo ou um passo anterior a uma expulsão, pelo menos por ora. Se antes a Venezuela já tinha uma suspensão, agora deve acumular duas. É uma situação mais grave que a anterior e que exigirá do país caribenho, caso queira voltar a integrar o bloco de maneira plena, um caminho com ainda mais requisitos a cumprir.

Na quinta-feira (3), Faurie viajou a Montevidéu para convencer seu par uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, a dar este novo passo. O Uruguai vinha resistindo a tomar medidas mais duras com relação à Venezuela por conta da pressão exercida pelo Parlamento local, com uma maioria composta pela esquerdista Frente Ampla, que nutre simpatias ao chavismo.

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As últimas demonstrações de repressão durante o fim de semana de votação da Assembleia Constituinte fizeram com que o governo uruguaio mudasse de ideia.

Em Mendoza, há duas semanas, o país rejeitou uma declaração final mais incisiva contra a Venezuela. Agora, após uma eleição com indícios de fraude, ao menos 14 mortos na repressão às manifestações e as novas prisões de Leopoldo López e Antonio Ledezma, o Uruguai se mostra mais disposto a acompanhar o resto do bloco.

Apesar de a reunião ter sido a portas fechadas, Nin Novoa disse ao final, à imprensa local, que "o presidente Nicolás Maduro está colocando cada vez mais dificuldades para retornar ao bloco com normalidade".

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Faurie afirmou que o tempo do Uruguai para se sintonizar com os demais países está sendo respeitado. "Cada um alcança sua decisão no momento que deve fazê-lo. Estamos tratando de gerar as coincidências", declarou.

RESTO DA REGIÃO

Uma reunião deve ocorrer na próxima terça-feira (8), em Lima, envolvendo chanceleres de outros países da região, também para discutir propostas de atuação em relação à crise venezuelana.

Além dos membros do Mercosul, estão convidados para o encontro os representantes do México, Chile, Colômbia e Costa Rica.

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