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ATUALIZADA - Empresa acusa Venezuela de manipular votação da Constituinte

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A empresa responsável pelo processo de votação da Assembleia Constituinte na Venezuela afirmou nesta quarta-feira (2) que o número sobre o comparecimento de eleitores às urnas foi manipulado pelo governo. Segundo o CEO da Smar

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.08.2017, 16:35:03 Editado em 02.08.2017, 16:35:03
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A empresa responsável pelo processo de votação da Assembleia Constituinte na Venezuela afirmou nesta quarta-feira (2) que o número sobre o comparecimento de eleitores às urnas foi manipulado pelo governo.

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Segundo o CEO da Smartmatic, Antonio Mugica, os resultados registrados pelos sistemas da companhia e os relatados pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE) da Venezuela indicam "sem qualquer dúvida" que os números de participação oficial na eleição foram inflados.

"Nós estimamos que a diferença entre a participação de fato e a anunciada por autoridades seja de ao menos 1 milhão de votos", disse Mugica em Londres.

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Segundo o governo venezuelano, mais de 8 milhões de pessoas (41,53% do total de eleitores do país) votaram a Constituinte. O número é contestado por opositores, que dizem que o processo é concebido para dar ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, poderes para suprimir o Congresso dominado pela oposição.

A Smartmatic foi criada pelos venezuelanos e começou a fornecer equipamentos de votação em 2004 durante a Presidência de Hugo Chávez. Atualmente a empresa fornece tecnologia eletrônica de votação para vários países.

De acordo com Mugica, a companhia conseguiu detectar a manipulação por causa do sistema eleitoral automatizado da Venezuela e uma auditoria permitirá conhecer a quantidade exata de participação. Segundo ele, o sistema desenvolvido pela empresa foi concebido para "revelar qualquer manipulação de resultados".

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Contudo, segundo Mugica, os números produzidos por este sistema "podem ser ignorados pelas autoridades, que podem anunciar números errôneos no lugar". Por isso, o CEO ressaltou a necessidade de auditorias pelos partidos de oposição para validar os números proclamados.

Durante a eleição da Assembleia Constituinte, "a oposição não participou" no controle dos números, disse Mugica.

Autoridades venezuelanas não responderam às acusações.

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Mais cedo, a agência de notícias Reuters afirmou que só 3,7 milhões de pessoas haviam votado até às 17h30 (horário local) de domingo (30), lançando dúvidas sobre o número de comparecimento, já que a votação terminou por volta das 19h.

Após a votação, o governo dos Estados Unidos impôs sanções a Maduro e declararam que a Venezuela é uma ditadura.

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REAÇÕES

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Julio Borges, disse que pedirá à procuradoria investigação sobre as acusações de que o número oficial de comparecimento às urnas foi inflado.

Borges diz que as informações divulgadas pela Smartmatic fornecem "confirmação completa" do que a oposição e analistas independentes já suspeitavam.

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O reitor do CNE Luis Emilio Rondón, alinhado à oposição, exigiu uma auditoria para esclarecer a denúncia.

"O CNE deve responder com seriedade ante o país sobre a denúncia que a Smartmatic realizou sobre manipulação das cifras de participação", disse Rondón em uma rede social.

Antes do anúncio da Smartmatic, a oposição venezuelana havia decidido adiar para quinta-feira (3) protesto contra a instalação da Assembleia Constituinte. Desde domingo, os opositores ao regime chavista foram chamados a se manifestar contra o processo, chamado de "fraude".

O presidente da comissão do Executivo para a Constituinte, Elías Jaua, convocou uma marcha para acompanhar os candidatos eleitos para esta quinta, dia em que a Constituinte deve ser instalada.

A mobilização terá início às 9h (horário local, 10h de Brasília).

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