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Militares reduzirão presença nas ruas do Rio e passarão atuar contra tráfico

LUCAS VETTORAZZO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - As tropas federais que chegaram no Rio na sexta-feira permanecerão nas ruas durante um período e, depois, reduzirão sua presença nas ruas para focar no combate ao crime organizado, com operações contra o

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.07.2017, 18:25:09 Editado em 29.07.2017, 18:25:09
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LUCAS VETTORAZZO

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - As tropas federais que chegaram no Rio na sexta-feira permanecerão nas ruas durante um período e, depois, reduzirão sua presença nas ruas para focar no combate ao crime organizado, com operações contra o tráfico de drogas e a milícia. A informação foi confirmada neste sábado (29) pelo ministro da Justiça Raul Jungman.

Desde que foi firmado acordo para o envio 10 mil homens de tropas federais ao Rio que Jungman diz que o foco não seria o emprego de militares no patrulhamento ostensivo nas ruas, como ocorrido durante as Olimpíadas, por exemplo.

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Cariocas, contudo, se surpreenderam quando, desde sexta-feira (28), militares das Forças Armadas passaram a ocupar as ruas em patrulhas com veículos e armamento pesado, justamente o contrário do que havia sido dito pelo ministro.

Tanques de guerra foram posicionados em locais como a Linha Vermelha e em frente aos aeroportos Santos Dumont e Galeão. Homens do exército ocuparam pontos turísticos, como a orla da zona sul do Rio. Dois blindados passaram a tarde deste sábado postados em frente ao Museu do Amanhã, na zona portuária, criando um ponto para selfies de turistas e curiosos.

Jungman explicou que a presença ostensiva dos militares é a primeira parte da operação e não é seu principal foco. Em entrevista coletiva neste sábado, as autoridades envolvidas no projeto afirmaram que o objetivo da presença militar em massa nas ruas era melhorar a sensação de segurança da população do Estado, que vive a disparada dos índices de violência.

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A população reagiu positivamente à medida, apesar do caráter mais midiático do que efetivo contra o crime.

Motoristas que passavam por uma blitz do Exército na Linha Vermelha na noite de sexta-feira aplaudiam a presença dos militares, já que a via expressa é constante alvo de arrastões.

O general do Exército que comanda a operação no Rio, Mauro Sinott, acrescentou que a presença nas ruas também é parte do trabalho de reconhecimento do terreno que os militares irão atuar nas próximas fases do projeto, quando começarem as operações de fato.

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Militares invadirão áreas dominadas por criminosos em busca de armamentos e drogas, em operações conjuntas com as polícias estaduais.

O ministro garantiu que serão feitas operações contra a milícia, grupos paramilitares formados por policiais que exploram serviços públicos e de segurança em parte do território do Rio. Esses grupos têm forte ligação com políticos do Estado e é histórica a falta de uma política pública de combate a efetiva às milícias.

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O ministro disse que as ações contarão com o fator surpresa para obter sucesso. Por esse motivo ele não quis divulgar quando os militares deixarão a presença ostensiva nas ruas para dar início a fase que será focada no combate ao crime organizado.

"O patrulhamento será de curta duração. Quero dizer que já estamos preparando a próxima fase do projeto, que é chegar no centro de comando e nos arsenais dessas organizações para reduzir o fluxo de drogas e armas", disse Jungman. "A lógica não é a da presença ostensiva [de militares nas ruas], mas ela poderá ocorrer em caso de necessidade".

O ministro ressaltou a diferença do caso atual com o das Olimpíadas e também da ocupação pelo Exército do Complexo da Maré, na zona norte, em 2014. Nessas ocasiões, disse ele, a presença ostensiva das forças federais reduziram os índices de crimes, que voltaram a ocorrer na ocasião da saída das tropas. O objetivo agora, reforçou, é desarticular quadrilhas.

"Não se golpeia o crime com ostensividade, porque em situações como essa [Olimpíada], o exército vem, aumenta a sensação de segurança, o crime organizado tira umas férias, e quando a operação acaba, todos os problemas voltam", disse.

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