MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Para Lázaro Ramos e Lilia Schwarcz, racismo é um problema de todos

LUCAS NEVES, ENVIADO ESPECIAL PARATY, RJ (FOLHAPRESS) - O ator e escritor Lázaro Ramos e a historiadora Lilia Moritz Schwarcz disseram na manhã deste sábado (29), na Casa Folha, que o racismo precisa ser encarado como um problema de todos no Brasil, não

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.07.2017, 13:55:09 Editado em 29.07.2017, 13:55:09
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

LUCAS NEVES, ENVIADO ESPECIAL

continua após publicidade

PARATY, RJ (FOLHAPRESS) - O ator e escritor Lázaro Ramos e a historiadora Lilia Moritz Schwarcz disseram na manhã deste sábado (29), na Casa Folha, que o racismo precisa ser encarado como um problema de todos no Brasil, não só dos negros, seu principal alvo.

A mesa, mediada pelo jornalista Maurício Meireles, lotou o espaço da rua do Comércio, e muitas pessoas assistiram do lado de fora, onde se formou uma longa fila. A primeira pessoa chegou às 6h ""o debate começava às 10h.

continua após publicidade

"Temos de sair deste lugar do Lima [Barreto, homenageado da Flip], de falar de preconceito a partir do outro, do negro", afirmou Lázaro, que lançou há pouco "Na Minha Pele" (Objetiva), em que costura memórias e reflexões em torno do racismo. "Precisamos pensar em quando fomos cúmplices, em quando causamos dor. Meu foco é onde a gente se aproxima, o que cada um pode fazer."

"Lima, descendente de escravizadas pelos dois lados, dizia que a verdadeira abolição não seria feita pela lei [Áurea, 1888], mas pela educação e pelo afeto", lembrou Lilia, autora da recente biografia "Lima Barreto "" Triste Visionário" (Companhia das Letras).

Para Lázaro, não deve haver cartilha para abordar o racismo. "Não posso dar uma resposta [sobre a melhor forma de tratar o tema]. Estou tentando através da arte, por meio do livro que escrevi. O racional não dá conta sozinho [de peitar o racismo]. Vamos precisar de outras armas, da poesia, do cinema."

Lilia explicou que a militância de Lima era de natureza distinta da que se vê hoje. "Ele fazia uma literatura impactada pela dor, afetada por ela, em um momento de negação do preconceito e do racismo. Diziam que ele era contra a República, mas ele só se opunha à não inclusão do novo regime. Naquela época, era ainda mais difícil ser militante do que hoje."

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Para Lázaro Ramos e Lilia Schwarcz, racismo é um problema de todos"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!