MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

EUA e UE ameaçam com sanções a Maduro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - EUA e União Europeia ameaçaram nesta segunda (17) impor sanções contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, caso ele mantenha a convocação de uma Constituinte. O ultimato veio um dia após milhões de pessoas rejeitarem a

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.07.2017, 21:15:08 Editado em 17.07.2017, 21:15:08
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - EUA e União Europeia ameaçaram nesta segunda (17) impor sanções contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, caso ele mantenha a convocação de uma Constituinte. O ultimato veio um dia após milhões de pessoas rejeitarem a convocatória em plebiscito sem valor legal organizado pela oposição.

continua após publicidade

O chavista, porém, deu sinais de que não pretende recuar. Voltou a acusar os estrangeiros de ingerência no país -mesmo argumento usado para rebater as condenações pela violência nos protestos contra ele, que somam 96 mortos em 108 dias.

A Casa Branca disse que tomará "ações econômicas fortes e rápidas" contra Caracas se a votação for mantida. "Os EUA não ficarão parados enquanto a Venezuela desmorona", diz o comunicado, que reitera o chamado de eleições "livres e justas" para "transformar o país em uma "democracia próspera e plena".

continua após publicidade

A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, disse que o bloco pode aplicar sanções contra o país se Maduro mantiver a eleição do próximo dia 30.

"Convocar essa Assembleia Constituinte corre o risco de polarizar mais o país e de aumentar a confrontação."

A punição é solicitada pela Espanha, que, junto com a Alemanha, pediu que Maduro repense a decisão de manter a eleição da Constituinte.

continua após publicidade

Os cumprimentos aos participantes do plebiscito também vieram de desafetos regionais do chavismo, como o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, e a Argentina.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro considerou o alto comparecimento "uma mostra inequívoca da vontade" dos venezuelanos de restaurarem o Estado de Direito e pediu o cancelamento da votação.

As reações começaram horas após a divulgação dos resultados da consulta que, segundo a comissão organizadora, teve 7.186.170 votos, o equivalente a 36% do eleitorado e metade dos votantes na eleição parlamentar de 2015, vencida pela oposição.

continua após publicidade

Ainda no fim da tarde do domingo, o instituto de pesquisa ORC, independente, divulgou uma boca de urna em que estimava 4 milhões de participantes. Naturalmente, chavistas não compareceram.

Maduro reiterou a posição de que a troca da Constituição "consolida a independência e a soberania" do país e atacou a reação estrangeira, pondo Mogherini como alvo.

continua após publicidade

"A Venezuela é um país livre e soberano e ninguém nos dá ordens! Federica, você se enganou. A Venezuela não é colônia da União Europeia!"

Ele não havia comentado as declarações de Trump até as 20h.

PROTESTOS

Nesta segunda, a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) anunciou uma agenda de medidas da "hora zero", como chama a resposta aos participantes do plebiscito que convocou.

O vice-presidente da Assembleia Nacional, Freddy Guevara, convocou os votantes a registrarem na quarta (19) a intenção de convocar um governo de união e a uma greve geral na quinta (20).

Enquanto isso, o governo manteve a campanha para desestimar o plebiscito. Um dos principais líderes chavistas, Jorge Rodríguez acusou a oposição de ter triplicado o número de votantes e a atacou por fazer a consulta sem a relação oficial de eleitores.

"Eles nem sabiam quem tinha direito a votar. Votaram crianças de dez anos, brasileiros, americanos", disse. O Conselho Nacional Eleitoral não forneceu as atas à MUD.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "EUA e UE ameaçam com sanções a Maduro"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!