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ATUALIZADA - Plebiscito na Venezuela atrai milhões contra Constituinte

OBS.: INCLUI VENEZUELA-PLEBISCITO 2 SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Milhões de venezuelanos rejeitaram neste domingo (16) em um plebiscito simbólico a Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro, dando à oposição a medida do apoio às ma

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.07.2017, 21:20:08 Editado em 16.07.2017, 21:20:08
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OBS.: INCLUI VENEZUELA-PLEBISCITO 2

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Milhões de venezuelanos rejeitaram neste domingo (16) em um plebiscito simbólico a Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro, dando à oposição a medida do apoio às manifestações que há cem dias ocupam as ruas do país.

A votação não é oficial, e o número total de participantes não havia sido informado até as 20h. Pesquisa de boca de urna do instituto ORC estimavam uma participação de 4 milhões dos 20 milhões de venezuelanos aptos a votarem.

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Desde a convocação sabia-se que a consulta não teria valor legal, o que pode ter inibido parte da população. A votação, portanto, pode ser lida como um protesto contra o governo que reuniu 4 milhões -o número equivale a 1/3 dos que votaram na eleição legislativa de 2015, quando venceu a oposição.

Na conta do vice-presidente da Assembleia Nacional, Freddy Guevara, 5 milhões foram às urnas no domingo.

Em resposta, Maduro e seus aliados insistiram durante o dia no argumento de que a consulta não era válida e nos chamados para a simulação da eleição da Constituinte. Embora tenha juntado milhares de aliados, a mobilização dos governistas foi menor que a de seus rivais.

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Antes do início oficial do plebiscito, às 7h (8h em Brasília), as filas dobravam os quarteirões em alguns dos centros de votação. A maior afluência de votantes, porém, foi registrada no fim da manhã, quando a espera nas filas de seções de Caracas passava de duas horas.

Nos bairros caraquenhos de El Paraíso e La Candelaria e em Mérida faltaram cédulas para a demanda. A organização precisou remanejar material ou orientar eleitores a procurarem outras seções.

A votação foi estendida em duas horas. Os principais dirigentes opositores comemoraram o alto comparecimento. "Estamos fazendo história. Provaremos ao mundo inteiro e a quem tem o poder que o povo é dono de seu destino", disse o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges.

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Entusiasmado com a votação em Petare, bairro pobre e ex-reduto chavista de Caracas, o deputado Miguel Pizarro disse que "esta é a maior jornada de sobrevivência cidadã da história". "Tivemos o pessoal da favela e do asfalto, mas o que nos une é só uma coisa: o sonho de um país diferente."

Além de Petare, as filas foram longas em outras áreas de maioria governista, apesar da intimidação dos militantes chavistas que participavam da simulação da eleição da Constituinte e da ameaça dos coletivos (milícias chavistas).

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A promessa de violência se cumpriu em Catia, bastião do governo na capital. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas quando cerca de cem membros de coletivos passaram de moto atirando em quem estava na fila do centro de votação da Igreja El Carmen no início da tarde.

Cerca de 300 pessoas que esperavam tiveram que se esconder no templo, incluindo o arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa -a Igreja Católica deu apoio à consulta.

Apesar da presença nas ruas, o resultado do plebiscito deve ser impreciso. Sem lista e com a possibilidade de votar em qualquer seção, a própria oposição admitiu o risco de uma pessoa votar dobrado.

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Para atestar a lisura do processo, os opositores convidaram cinco ex-presidentes como observadores: Andrés Pastrana (Colômbia), Vicente Fox (México), Jorge Quiroga (Bolívia), Laura Chincilla e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica).

Fox comparou a votação à eleição presidencial mexicana de 2000, em que foi eleito, dando fim ao ciclo de 70 anos do Partido Revolucionário Institucional (PRI). "Assim estavam as pessoas, cheias de alegria, entusiasmo, esperança."

SIMULAÇÃO

Enquanto ocorria a votação opositora, o governo dava ênfase à simulação da eleição da Constituinte. No início da tarde, o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, chamou o evento estatal de "uma maravilhosa festa popular".

Assim como seus rivais, o governo estendeu o horário da votação em duas horas. A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, disse, sem números, que foi "a maior participação em uma simulação na história do país".

Foi o mesmo tom de Maduro: "O povo foi às ruas como um mar gigantesco. Quem tenha olhos, que veja bem."

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