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Presidente da Colômbia dá anistia a mais de 3.200 guerrilheiros das Farc

SYLVIA COLOMBO BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, assinou nesta segunda-feira (10), um decreto que outorga anistia a 3.252 ex-guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Desta form

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.07.2017, 19:20:03 Editado em 10.07.2017, 19:20:03
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SYLVIA COLOMBO

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, assinou nesta segunda-feira (10), um decreto que outorga anistia a 3.252 ex-guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Desta forma, já são 7.400 os que estão com a situação regularizada, ou por decreto presidencial ou pela via judicial.

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O anúncio foi feito pelo ministro de Justiça, Enrique Gil, que reforçou que a medida se refere apenas aos ex-integrantes da guerrilha que se encontram nas chamadas "zonas de segurança", espalhadas em 26 pontos do país.

A anistia a esses ex-combatentes marca o início do desmonte dessas áreas, duas semanas depois da entrega das armas que estavam em posse desses homens. Os anistiados também começaram o processo de registrar-se legalmente para obter cédulas de identidade, com as quais poderão inscrever-se em programas de reinserção ou buscar trabalho ou vaga em escolas de sua região.

O governo e a ONU, junto ao comando da ex-guerrilha, porém, ainda trabalham na localização e destruição das armas que se encontravam escondidas em mais de 900 fossas pelo país e cuja existência só foi conhecida após a assinatura do acordo.

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Nesta segunda-feira, a missão de paz da ONU também anunciou que, das 900, já foram localizadas 660 delas, de onde foram retiradas 321 armas e nove toneladas de explosivos, além de munição e material para armar minas terrestres.

Com relação às anistias, esclareceu Gil, "elas só se aplicam a ex-guerrilheiros que estão nas zonas de segurança e não àqueles que estão nas prisões."

O decreto surge num momento em que volta a haver uma fricção entre o Estado colombiano e o alto comando da antiga guerrilha. Afinal, o acordo de paz aprovado no fim do ano passado garantia que os ex-guerrilheiros que se encontrassem presos, já cumprindo uma pena na época do pacto, teriam de ser liberados para serem novamente julgados, desta vez pelos tribunais especiais.

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Isso, porém, tem demorado mais do que se esperava porque é necessária uma aprovação por parte do Congresso. Ali, porém, ocorre uma queda de braço entre o governo e a oposição, comandada pelo bloco comandado pelo partido do ex-presidente Álvaro Uribe (Centro Democrático), que vem colocando entraves para essa mudança.

Na semana passada, Uribe divulgou por meio das redes sociais um vídeo em que dizia que a entrega das armas à ONU havia sido apenas parcial, e que, enquanto todas não fossem entregues, assim como o paradeiro do dinheiro da guerrilha, seu partido continuaria ausentando-se das votações dos passos seguintes para a implementação do acordo.

Essa decisão vem causando atrasos não programados por parte do governo e irritando parte da guerrilha e causando novas dissidências.

Por conta disso, os 900 ex-guerrilheiros presos em diferentes prisões da Colômbia declararam-se sublevados contra os líderes das Farc e contra o acordo de paz. Muitos estão em greve de fome.

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