SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A escritora Elvira Vigna, um dos grandes nomes da ficção contemporânea brasileira, morreu aos 69 anos em São Paulo. A informação foi publicada em sua página no Facebook.
De acordo com o post, Vigna foi diagnosticada, em 2012, com um carcinoma micropapilar invasivo -mas não quis que a doença viesse a público porque "passaria automaticamente a ser excluída das atividades profissionais que dependessem de convite".
"Esperamos que a sua produtividade sirva de exemplo e estímulo para que todos aqueles que passem por dificuldades não abram mão de quem são, do que fazem e do que querem fazer", diz a nota publicada em seu perfil.
Como a autora e sua família não são religiosos, não haverá "missa ou similar", segundo o post.
Nos últimos anos, Vigna vivia um grande momento em sua carreira literária. Depois do diagnóstico do carcinoma, publicou sete livros e traduziu outros quatro.
Em 2016, recebeu o Prêmio APCA de melhor romance, por "Como se Estivéssemos em Palimpsesto de Putas" (Companhia das Letras), seu último livro. A crítica publicada na Folha de S.Paulo sobre a obra dizia que o trabalho da autora tinha chegado a "um novo patamar".
"A impressão que se tem é que Vigna finalmente mostra os dentes, em um gesto que é simultaneamente um esgar agressivo e uma gargalhada", dizia a resenha.
Em 2010, Vigna venceu o prêmio Machado de Assis por "Nada a Dizer". E também chegou à final de outros dos principais prêmios literários do país, como o Jabuti, o São Paulo e o Portugal Telecom.
A autora deixou ainda três livros para serem publicados.
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