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Igreja Católica chama governo da Venezuela de "ditadura"

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Igreja Católica colocou nesta sexta-feira (7) mais pressão sobre o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao afirmar que ele se tornou uma "ditadura", a qual se consolidará com a eleição, em 30 de julho, de uma

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.07.2017, 16:55:08 Editado em 07.07.2017, 16:55:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Igreja Católica colocou nesta sexta-feira (7) mais pressão sobre o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao afirmar que ele se tornou uma "ditadura", a qual se consolidará com a eleição, em 30 de julho, de uma Assembleia Nacional Constituinte.

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O clero venezuelano se soma, assim, ao rechaço a essa iniciativa, já expressado pela oposição e pela procuradora-geral, Luisa Ortega.

A Constituinte "será imposta à força e os seus resultados serão a constitucionalização de uma ditadura militar, socialista, marxista e comunista", afirmou o presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), Diego Padrón.

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O religioso manifestou a contundente posição da igreja sobre a crise política, institucional e econômica vivida no país no discurso de abertura da assembleia anual da CEV, na qual destacou que os bispos estão em "plena comunhão" com o papa Francisco. À medida que a eleição da Constituição se aproxima, a tensão aumenta no país que em três meses viu mais de 90pessoas morrerem nas manifestações contra o governo.

A cúpula eclesiástica venezuelana, que se reuniu com o papa Francisco há um mês, criticou Maduro em reiteradas ocasiões, embora nunca de forma tão contundente quanto agora, fazendo com que funcionários de alto escalão a chamem de "partido político" opositor.

Assim como a oposição, a CEV acredita que a Constituinte permitirá "a permanência ilimitada do atual governo no poder" e a "anulação dos poderes públicos" como o Parlamento.

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Segundo um estudo da Latinobarómetro, 79% dos venezuelanos se declaravam católicos em 2013.

Maduro acusou a CEV de ignorar os chamados do papa ao diálogo, mas Padrón declarou que essa palavra está "desvalorizada" na Venezuela e considerou que uma autêntica negociação para resolver a crise passa pela convocação de "eleições universais, diretas e secretas".

UMA DISTRAÇÃO

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A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) prepara para 16 de julho um plebiscito simbólico para demonstrar, segundo os seus dirigentes, que a Constituinte é rechaçada pela maior parte dos venezuelanos.

A oposição acredita que irá deter a sua eleição com a consulta popular, para a qual, confirmou Padrón, a Igreja autorizou o uso de suas instalações, exceto os templos.

A MUD anunciou na quinta-feira, em coletiva, que os reitores das principais universidades do país serão os "patrocinadores" desse processo, que Maduro considera "ilegal" e que não conta com o aval do poder eleitoral.

Segundo Ortega, essa iniciativa "parece uma distração para esconder os verdadeiros problemas e para que a população se esqueça da responsabilidade que o presidente tem" na crise.

"A Constituinte não vai resolver os grandes problemas como a escassez de alimentos, a insegurança [...], tampouco vai resolver o tema da corrupção", assegurou a procuradora ao participar nesta sexta, via Internet, de um fórum sobre direitos humanos.

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