SANDRO MACEDO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Plano Real fracassou. Nas telas. Lançado no fim de maio, "Real - O Plano por Trás da História", de Rodrigo Bittencourt, levou menos de 50 mil pessoas aos cinemas -mais precisamente, 46.484 até terça (4), de acordo com o FilmeB.
Até agora, o valor arrecadado foi de pouco menos de R$ 800 mil, cerca de 10% dos R$ 8 milhões do orçamento (obtidos por meio de Lei do Audiovisual, Proac e "crowdfunding"). "Decidi não captar em empresas estatais ou empreiteiras", afirma o produtor Ricardo Fadel Rihan.
O produtor concorda que o resultado ficou "abaixo da expectativa". O lançamento de um longa com figuras políticas conhecidas em meio à crise em todas as instâncias do poder também não ajudou. "A Ancine atrasou o lançamento em um ano. Talvez o filme teria um público maior se tivéssemos lançado após as eleições do ano passado", analisa Rihan, referindo-se às eleições municipais.
O filme ainda foi pivô de uma crise no Cine PE, quando sete cineastas se retiraram do festival por considerarem a inclusão de "Real" um "discurso alinhado à direita".
Agora o filme busca outras mídias para recuperar o prejuízo. A partir do dia 20 de julho, estará disponível em plataformas sob demanda, como Net Now, Apple TV e Vivo Play, entre outras. Também há negociações em andamento para venda para outros países.
"Real" segue em cartaz, só no Reserval Cultural, no sábado (8), às 23h.
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