SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) iniciaram nesta terça-feira (20) a última fase de seu processo de desarmamento.
O movimento é parte do acordo de paz assinado entre a guerrilha e o governo colombiano no final do ano passado para pôr fim ao conflito armado no país e passo vital para a transição do grupo à vida civil, como partido político.
"O desarmamento é uma realidade e com ele os avanços para consolidar a paz com as Farc e dar aos colombianos muito mais tranquilidade", afirmou o presidente Juan Manuel Santos. A expectativa é que a entrega das armas seja concluída dentro de uma semana, no dia 27 de junho.
A guerrilha mais antiga do continente deverá entregar os 40% restantes de seu estoque de armas a uma missão das Nações Unidas, responsável pelo processo de coleta, nas 26 zonas de concentração estabelecidas pelo acordo de paz. Os 60% iniciais foram entregues nas últimas duas semanas.
De acordo com o presidente colombiano, 5.800 guerrilheiros, incluindo os que estão detidos, e milicianos (de um total estimado de 7.000 a 8.000) já renunciaram a suas armas.
Após cada membro da guerrilha entregar seus revólveres e fuzis, a ONU emite um certificado que permite aos ex-combatentes iniciar a transição para a legalidade e a participação política, cuja definição ocorrerá durante um congresso do grupo previsto para agosto.
Posteriormente cada membro das Farc "assina um documento de compromisso com o Comissariado de Paz de não voltar a pegar em armas sob pena de perder os benefícios", afirmou Santos.
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