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Macron consegue maioria folgada na Assembleia francesa, dizem projeções

DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu que a população lhe desse uma maioria parlamentar para aprovar suas reformas econômicas nos próximos cinco anos. Ele recebeu, neste domingo (18), o a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.06.2017, 15:40:07 Editado em 18.06.2017, 15:40:09
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DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL

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PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu que a população lhe desse uma maioria parlamentar para aprovar suas reformas econômicas nos próximos cinco anos. Ele recebeu, neste domingo (18), o aval requisitado, apesar de prejudicado pela alta abstenção.

As pesquisas de boca de urna do segundo turno das eleições legislativas sugerem que o movimento centrista de Macron, o República em Frente!, terá 355 cadeiras na Assembleia Nacional, equivalente à Câmara dos Deputados brasileira.

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Será uma maioria absoluta, em uma Casa com o total de 577 assentos, com a qual ele poderá implementar medidas controversas como as mudanças na legislação trabalhista. Mas a oposição que ele não deve ter entre os deputados deve aparecer nas ruas, durante seu mandato.

A maior resistência, ainda que reduzida, será a do partido conservador Republicanos, com 125 cadeiras, segundo a boca de urna. Os socialistas, que governavam o país, deixam a Assembleia esfarelados -devem ter 49 deputados, em vez dos 284 que eles tinham até este ano.

A sigla ultranacionalista de direita Frente Nacional, de Marine Le Pen, terá 8 cadeiras. A estimativa contrasta com seu resultado no segundo turno das presidenciais, em maio, quando ela recebeu 34% dos votos.

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O mandato recebido pelo movimento de Macron, no entanto, será fragilizado pela alta abstenção, provavelmente um recorde desde o começo da 5ª República em 1958. Descontentes com as opções, uma estimativa preliminar aponta que mais de metade dos franceses -57%- não votou neste segundo turno. Há 47 milhões de eleitores inscritos, e o voto não é obrigatório.

"TERCEIRO TURNO'

As eleições legislativas francesas, realizadas um mês depois das presidenciais, definem o mandato de um presidente. Elas são conhecidas ali, portanto, como uma espécie de "terceiro turno".

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Um líder como Macron só consegue implementar sua agenda de reformas se tiver o aval dos deputados. Sem a maioria, ele seria obrigado a aceitar um premiê imposto pela oposição, uma situação paralisante conhecida no país como "coabitação". Isso não acontece desde 2002.

A maioria de Macron, no entanto, foi considerada excessiva por seus rivais. Alain Juppé, dos Republicanos, falou em uma Assembleia "monocromática".

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O risco é minimizado pelos membros do República em Frente!, que dizem haver diversidade o suficiente dentro do próprio movimento para garantir o debate democrático em sua Assembleia.

Dos candidatos nomeados pelo movimento de Macron a essas legislativas, metade nunca havia sido antes eleita a um cargo público. Metade também era composta por mulheres, cumprindo sua promessa de mais representatividade. A parcela de mulheres na Assembleia anterior era de apenas 26%.

"Precisamos de novas caras", diz à Folha a militante Chantal Leib, 62, que distribuiu panfletos da República em Frente! em Paris. "Alguns dos nossos deputados tiveram cinco, seis mandatos, e ainda querem outro. É inacreditável."

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A nova etapa do governo Macron será inaugurada já na segunda-feira (19), quando se espera que o premiê conservador, Edouard Philippe, dissolva seu governo e seja incumbido pelo presidente a reconstruí-lo. Não são, porém, esperadas mudanças drásticas no gabinete atual.

SEGURANÇA

As urnas foram fechadas às 20h locais (às 15h no Brasil) e os primeiros resultados foram anunciados imediatamente. É proibido por lei publicar qualquer tipo de boca de urna antes desse prazo.

Macron votou no resort de Le Touquet, no norte, antes de participar de uma cerimônia em Paris marcando o aniversário do apelo de Charles de Gaulle em 1940 para que os franceses resistissem à ocupação nazista.

Não houve incidentes durante as eleições, apesar da segurança reforçada, depois de a França ser alvo de uma série de grandes atentados nos últimos anos, em especial aquele que deixou 130 mortos em Paris e seus arredores em novembro de 2015.

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