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Secretario defende corte no Carnaval do Rio para investir em creches

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O secretário de Educação do Rio, Cesar Benjamin, defendeu a decisão do prefeito Marcelo Crivella de cortar metade da verba destinada às agremiações no Carnaval do próximo ano. Em nota postada na sua página no Facebook, B

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.06.2017, 18:40:02 Editado em 17.06.2017, 18:40:04
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O secretário de Educação do Rio, Cesar Benjamin, defendeu a decisão do prefeito Marcelo Crivella de cortar metade da verba destinada às agremiações no Carnaval do próximo ano.

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Em nota postada na sua página no Facebook, Benjamin disse que Crivella "cortou o aumento desses recursos para poder dar um reajustes às creches conveniadas, para que elas não fechem as portas".

O prefeito anunciou que reduzirá à metade o patrocínio das 13 escolas de samba do Grupo Especial, repassando R$ 1 milhão para cada uma no ano que vem.

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Em resposta, a Liesa afirmou que a decisão "inviabiliza" o evento.

"Esses recursos novos serão gerenciados por mim, no âmbito da SME [Secretária Municipal de Educação], e me permitirão reabrir negociações para o aumento de vagas", afirmou o secretário.

"Criou-se um escândalo, pois crianças pobres não contam com lobbies. Há quem diga que esta decisão faz parte de um plano da Igreja Universal para abolir o carnaval carioca. Lamento a confusão", acrescentou Benjamin.

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A Riotur disse que vai tentar captar recursos privados para a festa –a iniciativa ainda não deu resultado com as Paradas LGBTs, que também perderam verba pública.

Leia íntegra da nota do secretário.

"Muita polêmica em torno da decisão do prefeito Marcelo Crivella sobre escolas de samba. Acompanhei isso de perto e posso esclarecer o que ocorreu.

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A SME mantém cerca de 60 mil crianças em creches, das quais 44 mil em instituições próprias e 16 mil em conveniadas. Estas últimas são gerenciadas por entidades filantrópicas, mas recebem recursos públicos. Por sua gênese, situam-se nas áreas mais pobres do município. Fazem um trabalho notável. São insubstituíveis.

Estudando os números da educação no Brasil, constatei uma anomalia: a proporção entre creches públicas e conveniadas no Rio de Janeiro é inferior à metade da média das outras capitais. Pedi um estudo sobre isso. Verificamos que poderíamos abrir em curto prazo mais 6 mil vagas sem investimento novo.

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Esse incremento esbarra no baixo valor per capita pago pela Prefeitura do Rio: R$ 300,00 por criança por mês, contra R$ 650,00 a R$ 800,00 pagos em São Paulo e em Belo Horizonte. Esse valor, congelado há bastante tempo, se tornou irreal. Por isso, em vez de ampliar vagas, as creches conveniadas estão fechando. Vi que era preciso deter esse movimento.

Depois de esgotar as tentativas de resolver o problema remanejando o orçamento da SME, levei a questão ao prefeito. Junto com a secretária de Fazenda, buscamos uma solução no âmbito do orçamento geral da Prefeitura. Ele então decidiu, com meu apoio, suspender o aumento de recursos que Eduardo Paes havia designado para as escolas de samba a partir deste ano, tendo em vista socorrer as creches.

O prefeito Marcelo Crivella não cortou os recursos das escolas de samba. Ele cortou o aumento desses recursos para poder dar um reajuste às creches conveniadas, para que elas não fechem as portas. Esses recursos novos serão gerenciados por mim, no âmbito da SME, e me permitirão reabrir negociações para o aumento de vagas.

Criou-se um escândalo, pois crianças pobres não contam com lobbies. Há quem diga que esta decisão faz parte de um plano da Igreja Universal para abolir o carnaval carioca. Lamento a confusão.

A esquerda, como se sabe, é muito crítica (às vezes, a meu ver, crítica demais) ao que sai na grande imprensa, especialmente nas Organizações Globo. Mas aceita pelo valor de face qualquer notícia que essa mesma imprensa publica contra a Prefeitura do Rio de Janeiro."

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