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Parlamento britânico será reaberto na quarta; falta de acordo ameaça May

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A líder do Parlamento britânico, Andrea Leadsom, anunciou nesta quinta-feira (15) que o discurso da rainha -evento que marca a inauguração de um novo Parlamento e o início de um novo ano parlamentar acontecerá na próxima quart

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.06.2017, 10:40:09 Editado em 15.06.2017, 10:40:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A líder do Parlamento britânico, Andrea Leadsom, anunciou nesta quinta-feira (15) que o discurso da rainha -evento que marca a inauguração de um novo Parlamento e o início de um novo ano parlamentar acontecerá na próxima quarta (21), dois dias depois da data em que estava originalmente marcado.

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O discurso é redigido pelo governo, enumerando as políticas que a primeira-ministra pretende implementar durante o ano, e deverá ser lido pela rainha Elizabeth 2ª. O discurso precisa ser aprovado pelo Parlamento para que o governo possa dar sequência às suas iniciativas.

O anúncio da data do discurso da rainha sinaliza que a primeira-ministra Theresa May está perto de fechar um acordo com a pequena sigla norte-irlandesa DUP (Pardido Democrático Unionista, na sigla em inglês) para formar o governo.

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O adiamento do discurso ocorreu após o revés do Partido Conservador nas eleições da última quinta-feira (8).

A líder britânica, que havia pedido a antecipação das eleições para tentar fortalecer sua base no Parlamento, acabou perdendo a maioria legislativa que tinha. Pelo calendário original, a eleição deveria acontecer só em 2020.

Os conservadores perderam 13 cadeiras, ficando com 318 de um total de 650, e esperam contar com os votos dos 10 parlamentares do DUP para conseguir aprovar legislações.

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IMPASSE EM ACORDO

Veículos de comunicação britânicos apuraram nesta quinta-feira que ainda não há um acordo definitivo entre o Partido Conservador e o DUP e que May está apostando em um blefe dos líderes da sigla norte-irlandesa para conseguir governar.

A primeira-ministra conta que, mesmo que os parlamentares do DUP não aprovem seu discurso da rainha, eles optariam por se abster em vez de votar contra.

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Hipoteticamente, uma negativa do DUP ao discuso tiraria de May os votos necessários para poder formar um governo, de modo que essa prerrogativa seria passada para o líder da segunda maior força no Parlamento, o Partido Trabalhista.

Mas o DUP considera muito radicais as propostas do líder trabalhista, Jeremy Corbyn, e não quer dar a ele a chance de se tornar primeiro-ministro.

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Assim, mesmo que os conservadores não consigam fechar uma aliança formal com o DUP até a próxima quarta-feira, May poderá formar um governo de minoria. Nesse cenário, a primeira-ministra precisaria do apoio ocasional de outras siglas para aprovar cada legislação, sem que essas legendas tenham cargos no gabinete.

ACORDO PROGRAMÁTICO

Nos últimos anos, o DUP deu apoio a várias medidas apresentadas pelo governo do Partido Conservador, indicando que as duas legendas têm acordo programático em muitos pontos, o que facilita a formalização de uma coalizão.

Por exemplo, ambas concordam com as diretrizes que May vem adotando para o "brexit", o processo de saída da União Europeia, aprovado pelos britânicos em plebiscito no ano passado. A primeira-ministra quer conduzir um "brexit duro", nome dado à retirada completa do Reino Unido, inclusive do mercado comum, que congrega 500 milhões de consumidores.

Por outro lado, há alas dentro do próprio Partido Conservador que se opõem a um acordo de governo com o DUP.

Esses setores entendem que a coalizão pode agravar o processo político na Irlanda do Norte por fazer com que Londres tome um lado na disputa entre os unionistas do DUP e os separatistas do Sinn Féin, que encerraram décadas de violência armada no país após um acordo de paz nos anos 1990.

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