SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Senado do Japão aprovou nesta sexta-feira (9) a lei que autoriza o imperador Akihito, 83, a deixar o trono do país, abrindo caminho para a primeira abdicação na família imperial em mais de 200 anos.
A medida foi aprovada por ampla maioria da Casa uma semana após ser avaliada pela Câmara. Agora, o governo deve acertar os detalhes da abdicação, incluindo a data, embora a imprensa afirme que será no fim de 2018.
"A abdicação acontecerá pela primeira vez em 200 anos, fazendo com que eu me lembre a importância deste tema para as fundações de nossa nação, nossa história e nosso futuro", disse o primeiro-ministro Shinzo Abe.
Akihito sofre com problemas de saúde nos últimos anos, incluindo uma cirurgia cardíaca e um câncer de próstata. Em agosto passado ele indicou seu desejo de abdicar por sentir que não poderia mais manter seus deveres.
O sucessor será o filho mais velho, Naruhito, 57. Logo após o anúncio, o Congresso começou a tramitar a mudança constitucional para permitir a saída do imperador, que recebeu naquela ocasião o apoio de 90% dos japoneses.
Se mantida a previsão, ele abdicará depois de completar 30 anos no trono. A lei, porém, não vale para futuros imperadores. Também não há mudança em relação à permissão para que as mulheres possam assumir.
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