SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Manifestantes foram às ruas de Cabul, capital do Afeganistão, nesta sexta-feira (2) para pedir a renúncia do presidente Ashraf Ghani após um atentado que deixou ao menos 90 mortos na quarta-feira (31).
A manifestação terminou em confronto com a polícia. Um parlamentar que participou do ato disse que oito pessoas foram mortas por policiais. Funcionários de um hospital registraram quatro mortos, enquanto a polícia fala em dois.
Carregando fotos das vítimas do atentado e cantando palavras de ordem contra o governo Ghani, cerca de 1.000 manifestantes marcharam pelo centro de Cabul. Conforme a marcha se aproximou do palácio presidencial, policiais responderam com jatos d'água, gás lacrimogêneo e tiros. Manifestantes atiraram pedras.
O ataque de quarta-feira -na primeira semana do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos- ocorreu após a explosão de um caminhão-bomba no distrito diplomático da capital afegã, que deixou ao menos 90 mortos e 450 feridos, inclusive estrangeiros.
Nenhuma milícia terrorista reivindicou o atentado. O Estado Islâmico e o Taleban, que mantêm atividades no país, foram autores de ataques recentes no Afeganistão.
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