MARIANA ZYLBERKAN
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma briga entre dois passageiros no horário de maior fluxo do sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo espalhou pânico entre os usuários e deixou 14 pessoas feridas na manhã desta sexta (2).
Tudo começou com um pisão no pé, ocorrido por volta das 8h30, na passarela interna da estação Pinheiros, que liga a linha 4-amarela do metrô à linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Um agente de segurança, de 29 anos, tinha desembarcado na estação de metrô e seguia para pegar o trem rumo a Osasco, na Grande São Paulo, quando um homem pisou em seu pé a ponto de tirar o tênis que calçava.
Segundo depoimento à polícia, ele olhou para trás para tentar colocar o calçado de novo e o homem perguntou: "O que foi?" e já pegou em seu colarinho. A camisa foi rasgada, e o agente ficou com uma marca vermelha na altura do pescoço.
Ele disse ter se debatido para se desvincilhar do agressor, que se misturou à multidão e fugiu. Policiais da Delpom (Delegacia do Metropolitano), responsáveis pela investigação, irão analisar as imagens captadas pelas câmeras de segurança para identificar o agressor. No momento da briga, os passageiros que estavam em volta se afastaram e derrubaram o gradil que separava o fluxo de pessoas. Alguém gritou "tiro" e teve correria.
Pessoas chegaram a ser pisoteadas e uma idosa foi encaminhada a um hospital da região com um machucado na cabeça. Um deficiente físico foi derrubado da cadeira de rodas, segundo agentes da segurança.
Nas redes sociais, usuários da CPTM começaram a questionar a veracidade sobre boatos de tiroteio na estação logo cedo. Foi disseminada até a versão de que os disparos ocorreram dentro de um trem. Passageiros que passaram pela estação no momento do tumulto relataram cenas de pânico e pessoas chorando.
Os 14 passageiros que se feriram na confusão -todos sem gravidade- foram socorridos por agentes da CPTM e da ViaQuatro, concessionária responsável pela linha 4-amarela do metrô.
Oito pessoas foram levadas para o pronto-socorro da Lapa, na zona oeste, e as demais para os hospitais Bandeirantes e São Luiz.
De acordo com a advogada do agente de segurança, Bianca de Oliveira, ele foi vítima de uma agressão e não teve nada a ver com a confusão. "Ele está assustado", disse.
A CPTM e a ViaQuatro informaram que o tumulto não provocou danos materiais nas estações nem atrapalhou a circulação das composições, que permaneceram normal no período da manhã.
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