SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem armado invadiu o hotel-cassino Resorts World Manila, fez vários disparos e ateou fogo a mesas de apostas do complexo de entretenimento em Manila, capital das Filipinas, pouco depois da meia-noite desta sexta-feira (2) -13h de quinta-feira (1º) em Brasília.
Ao menos 30 pessoas ficaram feridas -não havia relato de mortes até as 21h30 (de Brasília) desta quinta. Vídeos de hóspedes e clientes do cassino divulgados na internet mostravam o desespero de quem estava no local.
Inicialmente, a polícia informou que o atirador havia fugido. Mais tarde, Oscar Albayalde, chefe do escritório policial de Manila, afirmou que o autor do ataque cometeu suicídio. "A informação que temos é a de que ele ateou fogo a si mesmo."
Mais cedo, a empresa que administra o cassino informou que o local estava interditado, "depois de informes de disparos [efetuados] por homens não identificados". "A companhia está trabalhando estreitamente com a polícia nacional para garantir que todos os clientes e funcionários estejam a salvo", acrescentou a nota.
As explicações do incidente, até a noite desta quinta-feira (1º), eram desencontradas. A milícia terrorista Estado Islâmico disse, em comunicado, que o atirador agiu em nome da facção.
O chefe da polícia de Manila, contudo, afirmou que não havia indícios de que o tiroteio tivesse relação com terrorismo e que o episódio teria sido uma tentativa de assalto. As autoridades já teriam tomado o controle da situação e era possível que o EI tivesse reivindicado a autoria como forma de propaganda.
O complexo do Resorts World fica em frente a um dos terminais do aeroporto internacional de Manila.
COMBATE AO EI
Na semana passada, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, impôs a lei marcial em toda a região de Mindanao (sul do país) para pôr fim ao que ele chamou de ameaça crescente do Estado Islâmico nessa área.
A declaração da lei marcial ocorreu logo após militantes realizarem atos de violência na cidade de Marawi (sul), que fica a 800 km de Manila.
O ataque desta quinta ocorre em meio a uma ofensiva do governo filipino contra milícias ligadas ao EI.
Duterte alertou na semana passada que ele pode vir a estender a lei marcial para o resto do país se a ameaça terrorista se espalhar.
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