DIOGO BERCITO
MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Mesmo com dois ministros acusados de corrupção, o governo francês deve vencer com uma grande margem as eleições legislativas de 11 e 18 de junho, segundo levantamento da empresa Kantar.
O estudo, publicado pelo "Figaro", sugere que o movimento centrista República Em Frente!, do presidente Emmanuel Macron, terá a maioria absoluta da Assembleia Nacional.
Com 31% dos votos, a sigla teria entre 320 e 350 dos assentos. Para conseguir a maioria na Casa, de 577 assentos, são necessário 289 deputados. O voto na França é por distrito e, portanto, não há uma relação direta entre porcentagem geral e cadeiras.
Se a previsão se cumprir, será um bom começo para o governo Macron. As legislativas, um mês depois das presidenciais de 7 de maio, são uma etapa tão importante na França que costumam ser apelidadas de "terceiro turno".
Se não tiver controle da Assembleia, Macron terá dificuldade para aprovar as reformas que prometeu na campanha, como mudar a lei trabalhista.
Ele precisaria ainda aceitar um premiê imposto por outro partido, o que reduziria seus poderes. Essa situação, que trava o governo, é conhecida na França como "coabitação" e não ocorre desde 2002.
Macron foi eleito em 7 de maio com 66% dos votos, contra os 34% de sua rival, a ultranacionalista de direita Marine Le Pen.
A Frente Nacional, de Le Pen, deve ter 17% dos votos nas legislativas, somando entre 10 e 15 cadeiras.
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