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Padre diz ter sido feito refém por radicais junto a 200 civis nas Filipinas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um padre capturado por extremistas islâmicos nas Filipinas disse em vídeo ser mantido como refém junto a outros 200 civis em Marawi, cidade conflagrada no sul do país, e pediu que o presidente Rodrigo Duterte cesse a ofensiva

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.05.2017, 08:35:22 Editado em 31.05.2017, 08:35:24
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um padre capturado por extremistas islâmicos nas Filipinas disse em vídeo ser mantido como refém junto a outros 200 civis em Marawi, cidade conflagrada no sul do país, e pediu que o presidente Rodrigo Duterte cesse a ofensiva militar lançada na semana passada para expulsar os rebeldes.

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"Estamos pedindo sua ajuda para por favor dar aos seus inimigos o que eles estão pedindo", disse o padre Teresito "Chito" Soganub em um vídeo divulgado em rede social pelos radicais. "Eles não estão pedindo nada além de que retirem suas tropas (...) e parem os bombardeios."

"Ainda queremos viver por mais um dia, um mês e alguns anos. Com a sua generosidade, presidente, em seu coração, nós sabemos que você pode fazer algo a respeito", afirma.

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Soganub aparece em uma rua deserta ao lado de prédios destruídos e sons de tiros no fundo. Não está claro quando o vídeo foi ao ar, nem se o padre foi forçado pelos extremistas a fazer a gravação.

O general-brigadeiro Restituto Padilla, porta-voz do Exército, disse que as autoridades têm conhecimento do vídeo e que se trata de "propaganda pura" para tentar impedir o avanço das tropas em Marawi.

"Pedimos que os terroristas remanescentes se rendam enquanto há oportunidade", afirmou Padilla.

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Os enfrentamentos em Marawi se intensificaram na terça-feira da semana passada, após as forças de segurança realizarem uma operação fracassada no suposto esconderijo de Isnilon Hapilon, líder da facção islamita Abu Sayyaf, ligada à organização Estado Islâmico. Hapilon, que está na lista americana de terroristas mais procurados no mundo, permanece foragido.

Após a operação, extremistas conflagraram a cidade, incendiando prédios e massacrando civis. A conflagração de Marawi levou o presidente Duterte a impor a lei marcial por 60 dias na ilha de Mindanao, onde fica a cidade. O líder filipino alertou que a norma de exceção poderia ser expandida para todo o país.

Até agora, foram mortos ao menos 65 extremistas, incluindo combatentes estrangeiros oriundos da Malásia e da Indonésia, e 15 soldados. Durante o fim de semana, foram mortos 19 civis. Aproximadamente 85 mil pessoas deslocadas estão abrigadas em 38 abrigos nos arredores da cidade.

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Agências humanitárias dizem ser impossível levar ajuda à população que permanece nas áreas controladas pelos extremistas.

Grupos de direitos humanos expressaram temores de que os poderes da lei marcial possam endurecer ainda mais a repressão promovida por Duterte no país. Desde que chegou ao governo, há quase um ano, o presidente conduz uma campanha de guerra às drogas que já deixou quase 10 mil mortos.

Desde os anos 1990, a milícia Abu Sayyaf raptou centenas de filipinos e estrangeiros para obter dinheiro por meio de resgates. O grupo também reivindicou os piores ataques já ocorridos no país, incluindo o atentado em 2004 em uma balsa na baía de Manila no qual mais de 100 pessoas morreram.

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