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Tecnologia pode reduzir falha humana em acidentes, dizem especialistas

LUISA LEITE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mais de 90% dos acidentes de trânsito são causados por falha humana, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). Assim, a evolução da tecnologia dos veículos –que poderão no futuro se conduzir sem motorist

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.05.2017, 08:35:10 Editado em 31.05.2017, 08:35:11
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LUISA LEITE

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mais de 90% dos acidentes de trânsito são causados por falha humana, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). Assim, a evolução da tecnologia dos veículos –que poderão no futuro se conduzir sem motoristas– podem ser uma grande ajuda para diminuir acidentes.

O impacto da tecnologia automotiva no aumento da segurança viária foi o tema debatido na primeira mesa de debates do segundo dia do fórum "Segurança no Trânsito", promovido pela Folha de S.Paulo em parceria com a Ambev e a Labet Exames Toxicológicos na manhã desta terça-feira (30).

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"Há uma altíssima correlação entre o número de infrações cometidas pelos motoristas e o índice de acidentes. Estudos apontam que de 20% a 30% dos veículos não param quando há placas sinalizando 'Pare'", disse Horácio Figueira, consultor em segurança de trânsito. "Um carro programado para parar não comete esse erro."

Segundo Leopoldo Yoshioka, professor de engenharia de sistemas eletrônicos da USP, uma das grandes vantagens do carro autoguiado é o aumento da previsibilidade dos acontecimentos nas vias: "A segurança depende muito hoje da habilidade cognitiva do motorista e do seu estado de humor", afirmou.

A tecnologia de carros autoguiados já existe. O Model S, carro da Tesla, comercializado nos Estados Unidos, possui a função "Autopilot". A montadora, porém, afirma que é imprescindível que os motoristas estejam o tempo todo atentos e com as mãos no volante.

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Os especialistas participantes do debate afirmaram que isso ocorre porque, apesar de a tecnologia necessária já existir, nenhum país do mundo possui infraestrutura viária ou legislação para que esses veículos sejam introduzidos no trânsito ao lado de outros carros.

"Se tiver um acidente em um carro autoguiado, de quem vai ser a responsabilidade? Como um carro vai dirigir sozinho quando há no trânsito carros com mais de 20 anos e comportamento imprevisível?", questionou Figueira. "Nós vivemos em um país complicado. O carro é programado para não andar se detectar um pedestre na pista. Mas, em São Paulo, e se forem assaltantes?"

REDUÇÃO DE DANOS

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Marcos Andrade, gerente de produtos caminhões da Mercedes-Benz do Brasil disse que, enquanto o piloto automático ainda é uma realidade distante, outras tecnologias com grande capacidade de prevenção de acidentes precisam ser disseminadas pela indústria automotiva.

"Quando falamos em rodovias, onde o fluxo de caminhões é muito grande e os motoristas dirigem por longos períodos, tecnologias como o aumento do conforto do motorista pelo uso de assentos confortáveis e câmbio automático já ajudam a prevenir um acidente", disse Andrade.

"Nas rodovias, onde os caminhões estão carregados com mais de 50 toneladas de carga, um acidente é fatal. Então temos que trabalhar para preveni-los."

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