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Filme brasileiro estreia em Cannes em sessão lotada

GUILHERME GENESTRETI, ENVIADO ESPECIAL CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Único longa brasileiro em Cannes neste ano, "Gabriel e a Montanha", do carioca Fellipe Gamarano Barbosa, estreou em sessão lotada na Semana da Crítica, seção do festival europeu paralela

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.05.2017, 12:45:08 Editado em 21.05.2017, 17:47:41
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GUILHERME GENESTRETI, ENVIADO ESPECIAL

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CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Único longa brasileiro em Cannes neste ano, "Gabriel e a Montanha", do carioca Fellipe Gamarano Barbosa, estreou em sessão lotada na Semana da Crítica, seção do festival europeu paralela à competição principal, na manhã deste domingo (21).

João Pedro Zappa (de "Boa Sorte") dá vida a Gabriel Buchmann, brasileiro que morreu de hipotermia aos 29 anos tentando escalar um monte no Malaui em 2009.

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O longa já abre com a cena em que o corpo é encontrado e recua aos dias precedentes, com Buchmann viajando pelo leste da África como um mochileiro "roots" (de raiz), como ele mesmo se descreve.

No começo, a trama deixa em aberto o que faz aquele brasileiro vestido como um africano, comendo a mesma comida que os locais e pernoitando na casa deles, num canto remoto.

O conteúdo dos e-mails que ele mandava ao Brasil, lidos em "off", e a chegada da namorada, vivida por Caroline Abras, dão pistas de suas origens: ele é um jovem economista, vindo de família abastada, que não quer entender a miséria de forma acadêmica, quer experimentá-la.

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"Ele era um personagem contraditório, não tinha um grande objetivo, mas uma série de pequenos objetivos", diz o diretor à Folha. "Ele queria ser visto como um local, mas também queria conhecer o lado turístico daquilo tudo."

Barbosa era amigo do verdadeiro Buchmann, com quem estudou no Rio. Para rodar o filme, fez duas viagens refazendo o caminho do ex-colega e coletando depoimentos dos africanos que o haviam acolhido em seus últimos dias. Em torno de dez desses locais -guias, anfitriões, motoristas de safari etc- reencenam o contato que tiveram com o brasileiro atuando como si mesmos em cena com Zappa.

O diretor explica por que optou por abordar a história do amigo num filme de ficção, e não num documentário puro. "Porque era uma forma de tê-lo vivo e de dobrar o tempo, com passado e presente ao mesmo tempo", responde. Disso resultam interações que pintam um retrato bem empático do personagem.

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A busca pelo contato humano é o que distingue Buchmann do protagonista de "Na Natureza Selvagem", outra história de um viajante solitário e trajetória malfadada.

"Eles são o oposto", diz Zappa à reportagem, logo após a exibição do filme. "O Gabriel não queria se isolar, não queria perder tudo o que tinha."

Lotada, a sessão em que o filme foi exibido contou com a mãe de Buchmann na plateia e colegas de escolha seus e do diretor.

Neste ano o júri da Semana é presidido pelo também brasileiro Kleber Mendonça Filho, que em 2016 disputou na competição com "Aquarius".

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