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Maduro envia tropas a região conflagrada

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou nesta quarta-feira (17) 2.000 guardas nacionais e 600 militares ao Estado de Táchira, que desde o fim de semana enfrenta saques e protestos que deixaram quatro mortos. O reforç

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.05.2017, 21:30:03 Editado em 17.05.2017, 21:30:05
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou nesta quarta-feira (17) 2.000 guardas nacionais e 600 militares ao Estado de Táchira, que desde o fim de semana enfrenta saques e protestos que deixaram quatro mortos.

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O reforço é anunciado após uma noite com ataques a instalações estatais e ao comércio na região, na fronteira com a Colômbia. O governo de Nicolás Maduro e a oposição se acusam de serem os responsáveis pela violência.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, responsabilizou os antichavistas por enviarem homens encapuzados para atacarem uma base militar de San Cristóbal, capital do Estado, que foi alvo de coquetéis molotov.

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"Nos preocupa profundamente que estas células, estes focos, tomem dimensões superiores devido ao chamado de uns atores políticos, especificamente da oposição, que tem se aproveitado rapidamente disso", disse.

Para ele, o aumento da violência em Táchira é uma ação orquestrada. Ele ainda acusou seus adversários de usar infiltrados para responsabilizar o governo e agravar o desabastecimento.

O envio de militares, diz o ministro, é uma segunda fase do chamado Plano Zamora. Anunciado em 18 de abril, ele envolve todas as forças, mas seus detalhes são desconhecidos. A partir dele, aumentou a violência e manifestantes passaram a ser julgados em tribunais militares.

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Para o líder opositor Henrique Capriles, o reforço militar faz parte de uma estratégia que inclui também o aumento do uso dos coletivos (milícias armadas chavistas) na repressão às manifestações contra o governo.

Pelo menos 20 lojas foram saqueadas em San Cristóbal e nove delegacias foram incendiadas. Duas pessoas morreram baleadas, elevando para 45 as vítimas nos protestos desde o início de abril.

Berço das manifestações de 2014, Táchira é um dos Estados onde a briga entre governo e oposição é mais intensa. Embora o governador seja o chavista José Vielma Mora, as maiores cidades são governadas por adversários.

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Em 2015 a Justiça condenou o prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos, por incitação à violência nos protestos. Ele teve os direitos políticos cassados, e a cidade hoje é gerida por sua mulher, Patrícia Gutiérrez.

ONU

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Nesta quarta, o Conselho de Segurança da ONU debateu pela primeira vez a crise venezuelana. A embaixadora dos EUA, Nikki Haley, pediu esforços para obrigar Caracas a acabar com a violência.

O representante venezuelano na organização, Rafael Ramírez, acusou a Casa Branca de financiar a oposição para derrubar Maduro e de querer uma guerra, como no Iraque, na Líbia e na Síria.

A reunião acontece no mesmo dia em que o Brasil anunciou o retorno do embaixador em Caracas, Ruy Pereira, após nove meses. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a medida foi "um gesto de boa vontade".

Pereira havia voltado em setembro depois que Maduro chamou de golpe o impeachment de Dilma Rousseff. O ministro anunciou que prepara um plano de contingência para a imigração em massa de venezuelanos.

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