SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o primeiro teste de HIV para venda em farmácias do país.
O produto funciona com a coleta de gotas de sangue, de forma semelhante aos testes já existentes para medição de glicose por diabéticos. Chamado de Action, ele deve custar entre R$ 40 e R$ 60 e chegar ao mercado daqui um mês.
Segundo Marco Collovati, CEO da empresa que fabrica os testes, a Orangelife, o teste demonstrou sensibilidade e efetividade de 99,9%, índice maior do que os autotestes que usam saliva, disponíveis em outros países.
O resultado aparece na forma de linhas que indicam se há ou não presença do anticorpo do vírus HIV. O teste, porém, só é capaz de identificar o HIV 30 dias depois da possível contaminação, tempo que o organismo precisa para produzir anticorpos em níveis detectáveis pelo exame. O resultado leva de 15 a 20 minutos para ficar pronto.
Em caso de resultado negativo, é recomendável que o teste seja repetido 30 dias depois e outra vez depois de mais 30 até completar 120 dias após a primeira exposição.
Se o resultado for positivo, a pessoa deve procurar um serviço de saúde do SUS, para confirmação com testes laboratoriais e encaminhamento para o tratamento gratuito adequado, se for necessário.
A possibilidade do registro de autoteste para o HIV surgiu em 2015 quando a Anvisa regulou o tema por meio da resolução RDC 52/2015. De acordo com a regra, este tipo de teste deve trazer nas suas instruções de uso a indicação de um canal de comunicação para atendimento dos usuários que funcione 24 horas por dia e o número do Disque Saúde, o 136.
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