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ATUALIZADA - Onda de ciberataques atinge órgãos e empresas em ao menos 74 países

DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) - Uma onda de ciberataques aparentemente coordenados atingiu nesta sexta (12) computadores de empresas e órgãos governamentais em pelo menos 74 países, incluindo o Brasil. Os hackers usaram

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2017, 21:30:12 Editado em 12.05.2017, 21:30:14
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DIOGO BERCITO, ENVIADO ESPECIAL

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LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) - Uma onda de ciberataques aparentemente coordenados atingiu nesta sexta (12) computadores de empresas e órgãos governamentais em pelo menos 74 países, incluindo o Brasil. Os hackers usaram ferramentas da NSA, a agência de segurança nacional americana, e brechas de proteção identificadas pelo governo dos EUA e vazadas.

Os alvos variaram do Ministério do Interior da Rússia à empresa espanhola Telefónica, passando pela gigante americana FedEx e pelo serviço nacional de saúde do Reino Unido, o NHS (veja mapa dos ataques nesta página).

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Além dos ataques identificados como tais, centenas de empresas pelo mundo decidiram desligar seus servidores por precaução.

As perdas geradas pelo ataque ainda não haviam sido estimadas até a conclusão desta edição, e podem ir além do prejuízo financeiro.

No Reino Unido, pacientes de dezenas de hospitais e clínicas tiveram de voltar para casa e consultas foram canceladas. Mesmo as ambulâncias foram afetadas.

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A primeira-ministra britânica, Theresa May, confirmou o ataque e afirmou ser parte de uma campanha internacional mais ampla. "Não temos nenhuma evidência de que informações de pacientes foram comprometidas", disse.

Nenhum grupo reivindicou a ação, que é tratada como criminosa. Informações preliminares sobre a origem do software malicioso utilizado apontavam para a China, mas eram inconclusas. Não há, por ora, suspeitas de que um governo esteja envolvido.

RESGATE

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O ataque surpreendeu, já pela manhã, não só os hospitais britânicos como grandes empresas europeias. A espanhola Telefónica, que opera no Brasil, instruía seus funcionários a desligar seus computadores imediatamente.

Suas telas exibiam mensagens pedindo o pagamento de US$ 300 (R$ 940) como resgate para voltar a operar, uma situação semelhante em outros pontos do mundo.

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Os hackers exigiam que as quantias fossem entregues na moeda digital bitcoin, que é mais difícil de rastrear.

A empresa afirma que o dano se limitou a algumas máquinas e a redes internas e não afetou os clientes.

A seguradora Mapfre e o banco BBVA também teriam sido parcialmente afetados.

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Os hackers usaram um "ransomware", tipo de software que bloqueia informações e exige dinheiro para destravá-las ("ransom" é "resgate" em inglês).

O software WannaCrypt0r (trocadilho com "quero criptografar" e "quero chorar") criptografa o conteúdo do computador infectado, tornando os dados inacessíveis.

Analistas afirmam que os hackers se aproveitaram de falhas de segurança no sistema operacional Windows recentemente expostas por um vazamento de informações e ferramentas desenvolvidas pela NSA, a agência de segurança nacional americana.

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As organizações afetadas não teriam atualizado seus computadores com as correções disponíveis, ficando expostas à invasão, segundo o jornal britânico "Guardian".

Cerca de 90% do NHS usa o sistema do Windows XP, que já não tem mais suporte técnico para a segurança.

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Funcionários afirmaram ao diário que a contaminação começou durante a madrugada quando um e-mail suspeito foi aberto, espalhando as mensagens dentro da rede interna do serviço.

Para o professor Ross Anderson, da Universidade de Cambridge, a crise no NHS foi causada por negligência. "Utilizar um sistema operacional antigo é incompetência", afirmou à Folha. "Deveria ter sido jogado no lixo."

Uma das questões neste episódio, diz Anderson, é se as vulnerabilidades detectadas por um governo deveriam ter sido informadas à indústria para serem corrigidas ou exploradas pelas agências de espionagem. Os EUA escolheram a segunda opção.

ELEIÇÕES

Os ciberataques podem ter visado os hospitais britânicos porque instituições de saúde estão mais propensas a pagar o resgate, evitando interromper as suas atividades.

O momento também pesa. Haverá eleições no início de junho, no Reino Unido, e a gestão do sistema de saúde é um dos temas centrais -uma das razões para que Theresa May insistisse em que o ataque foi global, e não especificamente contra o NHS.

As autoridades britânicas já estavam em alerta para a eventualidade de uma ação, como as que recentemente atingiram EUA e França.

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